Estudos concluíram que investidores não querem ter a União como acionista
A privatização dos Correios, planejada pelo Governo Federal, deve envolver a venda de 100% da estatal, que hoje detém o monopólio do setor postal no Brasil. Para o leilão ocorrer no primeiro trimestre de 2022, como planejado, o Congresso ainda precisa aprovar o projeto de lei que permite que a iniciativa privada atue em operações hoje exclusivas da empresa pública.
Em março, o Poder Executivo divulgou que a desestatização da empresa seria por venda total ou majoritária das ações. Após avanços nos estudos, o governo optou pela primeira opção, ao entender que não deve manter uma participação minoritária nos Correios, afirmou o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.
O formato ainda precisa ser formalmente aprovado pelos ministérios e pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo. Um dos argumentos do governo para vender os Correios é de que hoje existe uma incerteza quanto à autossuficiência e capacidade de investimentos futuros por parte da estatal, o que reforça a necessidade de privatização para que a empresa seja capaz de fazer investimentos da ordem de R$ 2 bilhões por ano.
De acordo com o PPI, os estudos sobre a estatal finalizados em março mostraram que o mercado de correspondências está sob forte declínio, com a receita dos Correios em correspondências chegando a cair 28% em 2020 em relação a 2019. Por outro lado, o setor de encomendas tem apresentado um crescimento importante.