Primavera no Brasil terá novos extremos climáticos

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Leia a tendência climática elaborada pela MetSul Meteorologia para a primavera de 2024 que se inicia com o Brasil mais seco e quente que o normal

A primavera, que começa às 9h44 deste domingo (22), deverá ser mais uma estação com temperatura acima a muito acima da média na maior parte do Centro-Sul do Brasil.

No início da primavera, os dias terão aproximadamente a mesma duração das noites, e no Hemisfério Sul, os dias vão ficando cada vez maiores e as noites cada vez menores, até o dia com maior presença do Sol no ano, que ocorre no início do verão, que em 2024 será em 21 de dezembro às 6h20 (horário de Brasília).

No Sul do Brasil, apesar do indicativo dos modelos de uma primavera de chuva abaixo a muito abaixo da média, entendemos que vai chover mais do que o indicado pelas simulações na estação com um final de setembro e um outubro de precipitação acima da média em muitas áreas da Região Sul. Entre novembro e dezembro a precipitação começaria a se tornar mais irregular, em especial no Rio Grande do Sul.

O QUE ESPERAR DA CHUVA NA PRIMAVERA

Já mais ao Sul do Brasil, onde na maior parte da região não existe uma temporada seca e outra chuva, com chuva mais regular ao longo do ano, a primavera é historicamente marcada por episódios de chuva excessiva, mesmo com o Pacífico em neutralidade ou em fase fria (Niña). Esses eventos ocorrem com maior frequência e intensidade sob El Niño, mas não deixam de acontecer com o Pacífico nas demais fases (neutra e fria). Na segunda metade da estação, a chuva passa a ocorrer também pela combinação de calor e umidade, a famosa chuva de verão, especialmente de novembro em diante, o que não ocorre na maior parte do ano em que as precipitações são dependentes de sistemas de grande escala como frentes fria, frentes quentes e áreas de baixa pressão no Sul do Brasil.

O resfriamento do Pacífico traz cenário de chuva diferente em 2024 do último ano, quando as águas do maior oceano do planeta estavam superaquecidas com um muito forte evento de El Niño, o que resultou em chuva excessiva a extrema com muitos temporais nos últimos meses do ano. No trimestre de primavera, a tendência é de chuva irregular. Espera-se uma grande variabilidade das precipitações de cidade para cidade na distribuição da chuva com tendência de volumes abaixo da média histórica no trimestre na maior parte do Centro-Sul do Brasil.