Por que mulheres são mais propensas a desenvolver Alzheimer?

2015-04-10_190211

Segundo a análise dos resultados da pesquisa, as mulheres são quase duas vezes mais propensas a serem afetadas pela demência do que os homens.

Um salto de 5,8 milhões para 14 milhões até 2060. Essa é a tendência do aumento nos casos de demência, somente nos EUA. No topo da estatística: as mulheres. Trata-se de uma condição em que a pessoa não consegue lembrar dos próprios familiares, nem de pensar e muito menos de executar tarefas simples. Do que estamos falando? Alzheimer. A previsão é do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. 

Gene explica intensidade dos casos entre as mulheres 

De acordo com um estudo recente, um novo gene pode estar ligado a um risco maior de desenvolver Alzheimer, principalmente em mulheres. A pesquisa foi publicada no The Journal of the Alzheimer’s Association.  

Segundo a análise, as mulheres são quase duas vezes mais propensas a serem afetadas pela demência do que os homens. 

“[..] mulheres com mais de 60 anos têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença de Alzheimer, […] do que desenvolver câncer de mama durante o resto da vida”, explicou a Dra. Rosa Sancho, chefe de pesquisa da Alzheimer’s Research. 

Em um novo estudo usando o sequenciamento do genoma, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, da Universidade de Chicago e da Universidade da Pensilvânia, entre outros, encontraram um gene chamado MGMT que pode aumentar o risco de  Alzheimer em mulheres.

O gene ligado ao Alzheimer

Os pesquisadores descobriram que o gene da doença é mais evidente nas mulheres. Falando ao Medical News Today sobre os mecanismos por trás das descobertas, o Dr. Ober explicou:

“Nossos dados sugerem que as variantes genéticas associadas afetam os níveis de metilação do DNA e/ou outras marcas epigenéticas, como cromatina aberta, e essas mudanças epigenéticas afetam a expressão de MGMT em estágios-chave de desenvolvimento […]

“Esta pesquisa também destaca o quão complexo é o Alzheimer, com o gene MGMT envolvido em vários processos celulares que podem contribuir para o desenvolvimento da doença”, evidenciou Dra. Rosa Sancho.