Policiais Civis vão paralisar por 48 horas a partir de amanhã, 8

2015-04-10_190211

A paralisação tem objetivo de sensibilizar o governo do Estado a abrir negociação para reposição salarial

Em reunião realizada no dia 18 de julho, o Conselho de Representantes da UGEIRM decidiu realizar uma paralisação de 48 horas, nos dias 8 e 9 de agosto. Após uma avaliação das recentes mobilizações da categoria e negociações com o governo, os integrantes do Conselho chegaram à conclusão que a melhor alternativa, nesse momento, para sensibilizar o governo a abrir uma negociação efetiva com os Policiais Civis, é o aprofundamento da mobilização, com uma paralisação de 48 horas.

Na terça-feira, pela manhã, os Policiais Civis de Porto Alegre se concentrarão em frente ao Palácio da Polícia. No Interior do estado e região metropolitana, os (as) policiais se concentrarão em frente às suas delegacias, ou local de trabalho. A orientação é para que não haja circulação de viaturas. Todas devem permanecer paradas no órgão a que pertencem. Não haverá cumprimento de MBAs, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de IPs ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária.

As DPPAs e plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, tais como: homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que os (as) plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.

Policiais Civis estão sem reposição salarial e há um ano e meio sem Promoções

O presidente da UGEIRM Isaac Ortiz, destaca que “a situação da categoria chegou a um limite intolerável. Estamos a mais de um ano e meio sem Promoções e mais de cinco anos com apenas 6% de reposição salarial, além disso, tivemos a equiparação salarial entre os Comissários de Polícia e os Capitães da BM quebrada pelo governo Eduardo Leite.

Ortiz ressalta que “os policiais não está fazendo um movimento para prejudicar a população. Pelo contrário, nossa mobilização é para garantir uma segurança de qualidade ao povo gaúcho. A nossa categoria vem sofrendo enormemente com os ataques do governo, estamos adoecendo devido às péssimas condições de trabalho e à sobrecarga causada pelo déficit histórico de efetivo. Os casos de adoecimento e, até mesmo, suicídio vem crescendo entre os policiais civis”, finaliza Isaac Ortiz.