Se por um lado o sistema Pix facilitou as transações financeiras, o meio de pagamento também ampliou as possibilidades de atuações criminosas no país. É por isso que vésperas de completar um ano de vida, “mecanismo especial de devolução”, sistema criado pelo Banco Central para reaver valores desviados, está passando por uma reformulação.
Um documento divulgado pelo BC apresenta a criação de uma notificação automática nomeada de “ramificação de valores”. Ela é ativada quando os golpistas transferem imediatamente o dinheiro desviado da vítima para diversas contas laranjas, o que pode dificultar o rastreio.
Uma das principais sugestões do órgão regulador é “a abertura automática de eventos para casos de triangulação de valores utilizando o Pix”. Isso porque, até que o cliente perceba a fraude, faça a contestação no seu PSP (prestador de serviços de pagamento) e este notifique a infração, é gasto muito tempo muito tempo para bloquear e recuperar o valor.
O grupo de trabalho, composto por por participantes do mercado e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), reunidos no Fórum Pix, estima que serão necessários oito meses para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de medidas para tornar as transações mais seguras.
Especialista ainda propuseram ampliar o bloqueio da conta de destino dos recursos até a quinta camada de ramificação, limitando até 30 minutos após o recebimento da transação para abrir uma ramificação. A ideia é aumentar a segurança e coibir práticas criminosas.