Pesquisadores da Embrapa conquistam prêmio por melhoramento do pessegueiro e Indicações Geográficas de vinhos

2015-04-10_190211

Homenagem Futuro da Terra identifica as melhores pesquisas dedicadas ao desempenho do agronegócio gaúcho

Dois pesquisadores da Embrapa foram reconhecidos na 21ª edição do prêmio “O Futuro da Terra”, na noite do dia 28 de agosto, durante a Expointer. Além de Maria do Carmo Bassols Raseira (Embrapa Clima Temperado – Pelotas) e Jorge Tonietto (Embrapa Uva e Vinho- Bento Gonçalves), mais dez pessoas foram premiadas pelo Comitê da área de Ciências Agrárias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
A pesquisadora Maria do Carmo foi premiada na categoria “Inovação, Tecnologia Rural e Empreendedorismo”, pelo seu trabalho frente ao melhoramento genético do pessegueiro. Desde que se formou em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas, no ano de 1968, ela se dedica ao melhoramento vegetal.
Com mestrado em fruticultura pela Universidade de Arkansas, nos Estados Unidos e doutorado em Ciência Vegetal pela mesma universidade, ela também trabalha com a adaptação às diferentes condições climáticas das regiões produtoras do País, tendo como desafio atual ampliar a qualidade das frutas colhidas no início e no término da safra.
Maria do Carmo agradeceu aos colegas. “O prêmio é de todos nós. Nada se faz sem uma equipe. Acho que é muito gratificante chegar quase ao final da carreira profissional, com direito à fila dos prioritários, e receber um prêmio assim, de surpresa. Significa que alguma coisa de útil conseguimos fazer e não há nada mais gratificante do que saber que nossa vida serviu para alguma coisa positiva”.
No segmento da vitivinicultura, o trabalho pioneiro, agregador e incentivador da temática da indicação geográfica de vinhos garantiu ao pesquisador Jorge Tonietto a conquista na Categoria Cadeias de Produção e Alternativas Agropecuárias.
Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (1977), com mestrado em Fruticultura de Clima Temperado pela Universidade Federal de Pelotas – UFPEL (1980), ano em que ingressou como pesquisador da Embrapa. Foi durante o seu doutorado na França, cursado na Escola Nacional Superior de Agronomia (Ensa), hoje SupAgro, que a temática da Indicação Geográfica chamou a sua atenção.
Assim, ao retornar ao Brasil, começou um forte trabalho para disseminar, estimular e dar o suporte técnico e científico aos produtores de vinhos na estruturação, bem como na conquista do registro de Indicação Geográfica, que é chancelada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com base na Lei da Propriedade Industrial brasileira e outras normativas legais.
Tonietto destacou a Embrapa no seu discurso de agradecimento. “Esse prêmio está associado à uma iniciativa pioneira da Embrapa, que levou ao setor vitivinícola a proposta da estruturação e do desenvolvimento de Indicações Geográficas de vinhos no Brasil”.