“Pasin ganha uma sobrevida”, afirma o autor do pedido de impeachment rejeitado pela Câmara

2015-04-10_190211
Impeachment de Pasin rejeitado com aval dos vereadores: 14 x 2

A Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves rejeitou, na sessão desta segunda-feira, a denúncia contra o Prefeito Guilherme Pasin por 14 votos a 2. O autor da denúncia afirma que encaminhará a denúncia ao Ministério Público

Votos e justificativas
Vereador Moacir Camerini (PT) destacou, com ironia que lhe é peculiar, o grande número de funcionários, secretários e cargos em confiança presentes na Câmara de Vereadores na noite de segunda-feira, durante a votação O vereador oposicionista, antes de votar pela abertura da CPI, ressaltou que “é importante que os funcionários da prefeitura saibam o que está acontecendo nesta gestão”.
O vereador Eduardo Viríssimo (PP) abriu seu voto pela não abertura de investigação das contas do município, justificando que “ aqui temos que observar que nenhum destes apontamentos foram julgados pelo Tribunal de Contas. Sob os gritos de “comprado” vindo da galeria, o vereador defendeu a administração Pasin esclarecendo que os “funcionários tercerizados foram incluídos erroneamente como custo de folha de pagamento”, o que causou o pontamento das contas de Pasin pelo Tribunal de Contas do Estado.
Volnei Cristófoli (PP) acusou o autor do pedido de ressentido “ por não ter sido atendido em demandas que fez ao Prefeito”. Defendeu o seu voto contrário à abertura de investigação citando que “outros municípios também não conseguiram fechar as contas e tiveram apontamentos do TCE”
Neri Mazzochin (PP) acusou a denúncia de “ vaga, torpe e de mau gosto” antes de dar voto contrário à investigação das contas de Pasin.
Sidnei da Silva (PPS) votou contra à investigação “ respeitando os mais de 60% dos votos recebidos por Pasin na última eleição”.
Gustavo Sperotto (DEM) votou contra a abertura de investigação de contas, usando o mesmo argumento da maioria dos vereadores: “ as contas não foram julgadas. Não vou tomar decisão por impulso. Estamos aqui para legislar e fiscalizar e não julgar”, esquecendo que o voto era para análise das contas do Prefeito e não julgamento das contas.
Gilmar Pessutto (PSDB) jutificou o voto contrário à investigação das contas de Pasin dizendo que “ este é o momento de pedir recursos ao governo Federal e estadual e trazer ais empresas para o município” esquecendo de seu papel de legislador e fiscalizador e não gestor. “ Fica ruim (para a imagem do município), quando esta notícia chega a Brasília, (sic) que Bento está expulsando o Prefeito”, argumentou o vereador, esquecendo que Brasília está muito acostumada com o rito de pedidos de impeachment. Destacou ainda que “ quando ( a denúncia) vier já julgada para a Câmara, nós vamos fiscalizar”. “ Vamos tocar o barco, vamos deixar as coisas pequenas de lado”, vaticinou.
Elvio de Lima ( PMDB) justificou o voto contrário alegando que “ não foi julgado. Não podemos julgar sem ter uma posição judicial”.
Anderson Zanella (PSB) também justificou o voto contrário à falta de julgamento.
Paulo Cavalli (PTB) acusou o autor do pedido de parte interessada, já que “ é ex-integrante da executiva do PTB.” “ Como líder da bancada do partido repudio este processo”.
Idasir dos Santos (PMDB) justificou voto contrário acusando o autor. “ Preferia que esta ação viesse de um cidadão comum e não de alguém ligado à política”.
Rafael Pasqualoto (PP) votou contra argumentando a falta de julgamento das contas do prefeito Pasin.
Agostinho Petrolli (PMDB) votou à favor do pedido de impeachment.
Moisés Scussel (PSDB) por ser presidente da Câmara , não vota.

Próximo passo
O Advogado Claimer Acordi, autor do pedido que foi derrotado na votação da noite de segunda-feira, declarou em entrevista à Gazeta, que “próximo passo será a interposição de uma ação popular junto ao judiciário. O encaminhamento junto ao Ministério Público, para que o pedido de investigações não aprovadas pela Câmara de Vereadores, que sejam feitas pelo Ministério Público. Eu acredito que o prefeito Guilherme Pasin ganhou uma sobrevida hoje.” finalizou.