Parte do estômago isolada em cirurgia bariátrica pode apresentar riscos a saúde

2015-04-10_190211

Pesquisadores da Universidade de São Paulo, que dedicaram mais de dez anos a pesquisas em relação a cirurgias que tratam da obesidade, tinham como um dos maiores questionamentos : O que acontece com o órgão que fica de lado e para quê ele se destina dentro do organismo? O procedimento comum nas cirurgias do gênero é grampear e isolar parte do estômago, mas, de que forma se comporta esta parte do corpo após o procedimento foi a conclusão do estudo desenvolvido pelos professores da USP e publicado na revista Nature.
A conclusão que o time de pesquisadores chegou a partir das análises de um grupo de 20 mulheres que passaram por bypass gástrico, a cirurgia mais utilizada no tratamento da obesidade hoje, foi de que a parte do estômago deixada de lado, processa grande atividade, mas, esta movimentação interna do estômago não é saudável, o ambiente criado ali pode ser propício ao desenvolvimento de câncer.

Para chegar a este resultado, as mulheres foram submetidas a endoscopia e biópsia antes e depois da realização da cirurgia gástrica. As alterações identificadas apareceram cerca de três meses após a realização do procedimento. Vale salientar que novos estudos são necessários para entender de que forma esses resultados podem afetar o organismos e se a mudança de hábitos pode diminuir ou suprimir esses efeitos. Logo, os cientistas afirmam que a cirurgia de bypass gástrico quando indicada corretamente pelo médico responsável, trás diversos benefícios ao paciente, reduzindo os números de morte em decorrência das doenças desencadeadas pela obesidade.