Papa pede apoio dos pais para orientação sexual dos filhos

2015-04-10_190211
apesar de pedir aceitação dos fiéis, igreja não abençoa união de gays

Mesmo pregando a aceitação de fiéis homossexuais, a igreja não abençoa a união de gays

Na audiência que faz toda a semana, o Papa Francisco pediu nesta quarta-feira, 26 ,para que pais não condenem seus filhos com base em orientação sexual, em um novo passo da tentativa de equilíbrio do pontífice entre os ensinamentos católicos a respeito da homossexualidade e apoio a pessoas LGBTQIA+.
“Nunca condenem seus filhos”, decretou o pontífice, numa reafirmação de posicionamento da igreja e sugeriu que pais devem acompanhá-los e “e não se esconderem atrás de uma atitude de condenação”.

Em 2019, durante entrevista à emissora mexicana Televisa, o pontífice já havia afirmado que “pessoas homossexuais têm o direito de ter uma família. Eles são filhos de Deus”. Segundo Francisco, pais de crianças gays “não podem” expulsar seus filhos da família”.

Em 2014, o papa foi notícia ao dizer em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera que “a Igreja ensina que o casamento é entre um homem e uma mulher, ao mesmo tempo que reconhece que os governos querem adotar uniões civis para casais homossexuais e outros para permitir outros benefícios”.

Mesmo com os apoios públicos, ainda nem todas as barreiras são quebradas, já que o Vaticano decretou em março de 2021 que a Igreja Católica não pode abençoar as uniões de casais do mesmo sexo, pois Deus “não pode abençoar o pecado”.

O texto enfatiza a “distinção fundamental e decisiva” entre a

A religião católica sustenta que o casamento, união vitalícia entre o homem e a mulher, é parte do plano de Deus e tem como objetivo a criação de uma nova vida. Segundo o documento, pessoas gays devem ser tratadas com dignidade e respeito, mas o sexo gay é “intrinsecamente desordenado”. Para o Vaticano, como casais do mesmo sexo não poderiam gerar uma nova vida, não devem ser abençoados pela Igreja.