Garantia, idade adequada e segurança são informações obrigatórias. Brinquedos com partes pequenas oferecem riscos
No momento de comprar brinquedos, há alguns cuidados que devem ser tomados na hora de escolher o brinquedo. Selo de garantia, segurança e idade da criança presenteada são algumas informações para as quais o consumidor deve ficar atento.
“A própria embalagem é perigosa. A criança coloca na cabeça e pode sufocar. Peças pequenas podem ser engolidas e a noite de Natal pode acabar num pronto-socorro”, afirma o médico Edson Tolezani.
Ivete Boldrini, supervisora do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP), conhece bem os riscos de uma compra errada. Bichos de pelúcia, por exemplo, que parecem inofensivos, nem sempre são. “O produto que não tem certificação pode soltar o olhinho, porque não é uma peça costurada e o tipo da pelúcia pode soltar e provocar ocasionar problemas respiratórios em crianças com tendência a alergia”, afirma.
Alguns mordedores para recém-nascidos contêm gel dentro, o que também pode representar um perigo caso o produto não seja autorizado pelo Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). “Existe um ensaio, o de toxicologia, que mede o grau do componente, para saber se ele tem metais pesados ou não. Uma vez recebida a certificação, ele está dentro da tolerância permitida para que a criança não sofra danos à sua saúde”, diz Ivete.
Alguns brinquedos com peças pequenas também são perigosos para os menores, pois a criança corre o risco de engolir alguma parte. “Criança na fase até 3 anos tende a levar todos os brinquedos à boca, porque o colorido chama a atenção”, ressalta Ivete. “É importante, em primeiro lugar, observar para que faixa de idade ele está indicado”.
Rodas de carrinhos também oferecem perigo. Nesse caso, é importante que o brinquedo seja certificado, pois, caso as rodas se soltem, os eixos arredondados não representarão perigo.
Massas de modelar, coloridas artificialmente, devem ser compradas apenas se possuírem certificado que garanta sua segurança. “São utilizados corantes, que podem ter uma concentração de metais que pode provocar problemas à saúde. Comprando um produto com a certificação, ela poderá brincar o tempo que for, sem prejuízos”, afirma Ivete.
Além do selo do Inmetro, o consumidor deve observar sempre a faixa etária adequada para o brinquedo e comprar produtos que tenham procedência: embalagem com nome do fabricante e, se for o caso, do importador, em lojas que forneçam nota fiscal.