Quem vai pagar a conta?

2015-04-10_190211

 

 

Na última semana, o economista concursado da Câmara de Vereadores pediu exoneração depois de saber que havia perdido a batalha judicial contra o Ministério Público.
A saída de Roberto Cainelli, em 2018, é reflexo de uma ação civil pública que teve início em 2010, um ano depois do concurso em que ficou mal explicado como a questão que decidia um empate foi anulada, beneficiando o ex-vereador.
O Ministério Público não gostou da ideia e ajuizou a Câmara,a Prefeitura, a organizadora do concurso e o candidato Cainelli. Ao ver do MP, a anulação beneficiou Cainelli, ponto reforçado pela juíza de primeira instância, em 2014,e por desembargadores gaúchos, em 2016 e 2017. O ministro do STF só deu seu posicionamento em 2018, quase uma década depois. Neste período, réu foi ganhando tempo – e gordo salário pelas quatro horas diárias – com apelações, já que todas as instâncias confirmavam o primeiro veredito.
É notório os imbróglios com concursos na Câmara e na Prefeitura, mas em última instância quem vai devolver aos cofres públicos os salários?
Como a Câmara, Prefeitura e empresa serão punidas? Com certeza passarão mais oito anos antes que o veredito final seja publicado: o ônus vai para o contribuinte, como sempre, neste Brasil.