Onde estão os que deveriam fiscalizar?

2015-04-10_190211

Na edição de hoje há uma reportagem sobre a tentativa da atual administração em fraudar um projeto da construção de um centro odontológico regional. O termo fraudar é realmente muito forte, mas qual é o termo que deve ser usado quando o gestor só admite que mudou o projeto e não devolveu a verba não utilizada? O valor só vai ser devolvido depois de meses de execução de obra, quando o Estado enviou técnicos para comprovar a aplicação dos recursos e constatou “inconformidades” entre o executado e o projeto.
Se havia intenção de devolver o dinheiro não utilizado por que não o fez de iniciativa própria antes da execução e inauguração da obra? Se o município de Bento Gonçalves não teria mais interesse em ter um centro regional odontológico, porque não declinou quando recebeu a verba direcionada pela consulta popular?
Onde estava o Conselho Municipal de Saúde que não viu que a obra estava muitos metros menor do que o projeto aprovado, quando foi fazer uma visita de “fiscalização” no início deste ano? Foram fiscalizar o quê? Com que documentos/parâmetros entraram no prédio e só “descobriram” problemas nas janelas e alguns metais?
Estavam prestando atenção no quê os vereadores que foram, em comitiva “visitar”, a obra a ser inaugurada? Sabiam o que deveriam encontrar? Fizeram o tema de casa e estudaram o projeto etc e tal antes de posar bem faceiros para as fotos?
Qual é a escola de gestão pública que ensinou o atual prefeito – que se divulga nas mídias sociais como palestrante\”gestor de sucesso” – que projetos aprovados com verbas alheias não podem ser mudados sem permissão?
Candidamente o secretario de saúde – que assumiu o cargo depois da obra pronta – admitiu que o município fez a “economia” na construção e que a prefeitura tentou argumentar para não devolver a verba….. sinceramente, Diogo, não dá para defender o indefensável.