O universo paralelo da política brasileira

2015-04-10_190211

“Sob nenhuma hipótese, corremos o risco de ter reeleição”. Foi o que disse o senador Renan Calheiros sobre a eleição presidencial de 2022.
Em recente entrevista no congresso da ABRAJI – Associação Brasileira de Jornalismo investigativo, o réu em vários inquéritos no STF e relator da CPI da covid do senado, disparou tal comentário. Além de no mínimo suspeito, colocando ainda mais em cheque a credibilidade já tão desgastada do TSE, o desmoralizado político é talvez o símbolo do que chamo de universo paralelo da política brasileira.
E ainda disparou: “A CPI cumpriu um papel importante nessa erosão de popularidade do governo. Não era isso que pretendíamos, mas vimos ao longo dos últimos meses uma completa erosão de popularidade.” Falou se referindo novamente a Bolsonaro.
Não há dúvidas que o nível de hipocrisia de tais cidadãos, demonstram um desespero tamanho, que parecem viver em um universo paralelo da do povo brasileiro.
Temos vivido no Brasil uma avalanche de falsas narrativas, as quais encabeçadas por autoridades políticas, o fazem lançando mão da máquina pública, utilizando dinheiro dos impostos de cidadãos que já não suportam viver sobre tal julgo.
Outra tão famosa figura é o ministro Alexandre de Morais do STF. Esse talvez seja o maior representante daqueles que agem, além do arrepio da lei e da constituição, em total descompasso aos anseios populares.
É fundamental dizermos aqui que seja por concurso público, eleição ou nomeação, o funcionário público presta serviço ao povo, o qual é o verdadeiro dono do poder (poder constituinte), que de forma indireta elege representantes para alcançar seus anseios.
Todavia, vivemos desserviços por parte desses agentes. E o pior para nós cidadãos é vermos tais declarações totalmente alijadas – distantes léguas da vontade popular.
Outra declaração do universo paralelo da política foi a declaração de Rodrigo Pacheco, o qual se reuniu com Luiz Fux – presidente do STF para dizer que não irá pautar nenhum processo impeachment contra qualquer ministro do supremo, mesmo havendo dezenas de manifestações populares pedindo isso em decorrência de atrocidades cometidas por vários membros da corte de justiça.
Entendo também, que tais falsas narrativas engendradas por tais figuras, se dão pela confiança que tais ainda têm na “grande mídia”. Pois as mesmas, sofrendo com os cortes de verbas públicas, se alinham contra o Governo Federal, em ataques desarrazoados. O melhor exemplo é a Rede Globo, emissora que ataca quase que sempre Bolsonaro.
Outro ponto que entendo fortalecer o universo paralelo da política, além, da certeza da impunidade, é a ignorância de muitos acerca da dimensão e alcance das redes sociais as quais se tornaram o grande meio de divulgação de informações em tempo real e sem os filtros de ideologias ou interesses pessoais das emissoras de TV e dos grande veículos de mídia.
A evolução da comunicação é um meio que facilita o acesso aos fatos como eles acontecem, de verdade. A realidade nua e crua, independente do universo de alguns.