Paulo Guedes afirmou na última quarta-feira (22), em Davos, na Suíça que a intenção do governo é reduzir de 34%, em média, a carga de impostos paga atualmente pelas empresas no País para 15%. Para isso, no entanto, fará compensações com outras taxas, como Juros sobre Capital Próprio (JCP) e dividendos.
Guedes argumentou que a única forma de se fazer isso sem derrubar a receita do País é por meio de uma realocação da carga tributária. “Se cair para 15% o imposto para as empresas e o dividendo em 20%, continuamos com a mesma tributação, mas estimulamos as empresas a irem para o Brasil”, reforçou.
Atualmente
As empresas pagam 34% sobre seus lucros e, depois da tributação, os dividendos são distribuídos sem cobrança de Imposto de Renda sobre esses ganhos.
Entrada na OCDE
O ministro da Economia também confirmou ao secretário-geral da Organização para Cooperativa e Desenvolvimento Econômico (OCDE), José Ángel Gurría, que deseja fazer o processo de acessão do Brasil ao organismo multilateral o mais cedo possível. O País iniciou os trâmites em 2017 e espera o aval dos membros da entidade para continuar o processo.
Gurría descartou, porém, que a entrada da OCDE esteja apenas nos segundos planos da equipe econômica. “Não é fácil dizer que vamos só fazer doméstico e esquecer todas as outras coisas. Mas as questões domésticas sempre são mais importantes para um ministro de Economia e Finanças.