Não há nenhuma possibilidade de governo eleito taxar o Pix, garante futuro ministro da Fazenda

2015-04-10_190211
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.

“Temos de ir na direção contrária, garantir cada vez mais desenvolvimento a crédito”, afirmou Haddad

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu em entrevista na quarta, 14 que “não há nenhuma possibilidade” de o governo taxar operações do Pix. “Temos de ir na direção contrária, garantir cada vez mais desenvolvimento a crédito”, afirmou.

Haddad disse que o ex-secretário da Receita Federal no primeiro ano do governo Bolsonaro, Marco Cintra, queria adotar o imposto único e cogitou tributar o Pix para “morder parte da receita” das transações. “Isso atrapalhou a reforma tributária, ficou se insistindo numa tese tão atrasada do ponto de vista de justiça tributária que parou a reforma, inviabilizou o processo.”

Ele argumentou que são necessárias ações em três frentes para viabilizar a mobilidade social: acesso a crédito, educação de qualidade do ensino básico ao superior, e acesso à moradia (reforma agrária e urbana). “O Brasil perdeu e perde ainda várias oportunidades nesta direção, então como vai taxar o Pix? Temos de fazer reformas na direção contrária”, disse.

O futuro ministro da Fazenda também qualificou como “absurda” a oferta de crédito consignado aos recursos do Auxílio Brasil e a “espoliação” da população pobre. “Se a gente não prorroga o Auxílio Brasil, a Caixa quebra, porque nenhum banco privado fez (o crédito consignado), mas a Caixa foi mandada fazer. Só que se não tiver Auxílio Brasil, (a Caixa) vai receber de quem?”, questionou.