Mudanças climáticas aumentam intensidade de alergias

2015-04-10_190211

Emissão de pólen aumenta a cada ano

 

As mudanças climáticas podem aumentar a duração e intensidade das alergias, segundo uma pesquisa norte-americana. Isso ocorre, pois, a quantidade anual de pólen emitida a cada ano pode aumentar em até 200%.

Publicado na revista científica Nature Communications, o estudo sobre a maior intensidade da temporada de alergias foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. “As condições atmosféricas afetam a liberação de pólen anemófilo, e o tempo e a magnitude serão alterados pelas mudanças climáticas”, alertam os autores da pesquisa.

Vale explicar que alergias ao pólen podem ser bastante diferentes. Por exemplo, alguns indivíduos podem ter reações leves, como olhos lacrimejantes, espirros ou erupções cutâneas. Por outro lado, determinadas pessoas podem apresentar quadros graves, como dificuldade para respirar.

 

Liberação de pólen deve se intensificar

Até o final deste século, as emissões de pólen devem começar 40 dias mais cedo do que se foi observado, historicamente, entre os anos de 1995 e 2014, segundo os cientistas. Dessa forma, a temporada de alergias deve durar mais 19 dias até que a concentração de pólen volte a diminuir.

Nos EUA, essas alterações na dinâmica da liberação do pólen — e que devem afetar, principalmente, gramíneas, ervas daninhas e árvores — serão desencadeadas pelo aumento das temperaturas e dos níveis de CO2.

Para chegar a estas conclusões, os cientistas desenvolveram um modelo preditivo matemático que examina 15 dos tipos de pólen mais comuns e como sua produção será afetada por mudanças projetadas nas temperaturas e precipitação.

No futuro, a ideia é que a ferramenta ajude as autoridades de saúde a adiantarem a temporada de alergias em diferentes pontos do país.