Consumo de variedades artesanais cresceu expressivamente nos últimos anos. Em Bento, consumo estimulou a realização do Festival da Cerveja Gaúcha
Atualmente, o Brasil ocupa o posto de ser um dos maiores consumidores de cerveja no mundo: a média anual de litros por habitante não para de crescer. Só nos últimos dez anos, a produção aumentou expressivos 64% – de 8,2 bilhões para 13,4 bilhões de litros/ano (dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas da Receita Federal – Sicobe).
Sem dúvida, é um mercado em expansão. Hoje, somos o terceiro maior produtor da bebida no mundo, perdendo apenas para Estados Unidos e China, mas superando a Alemanha. Mas um ponto importante chama a atenção em relação ao perfil de consumo por aqui. As grandes marcas são as preferidas da classe C, mas as cervejas artesanais vêm conquistando o paladar classes A e B de forma significativa. Esse tipo de consumidor busca uma nova experiência, um produto diferenciado, e é ali que entra a bem-vinda proliferação de microcervejarias.
O fato é que tanto as microcervejarias como as importadoras vêm ocupando um lugar e tanto no mercado brasileiro. As chamadas cerveja especiais – de acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) – incluem artesanais, importadas e as industriais de categoria “premium”. E segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV), chegaram a ocupar em 2014 11% do mercado nacional da bebida.
No caso das microcervejarias, a definição da Escola Superior de Cerveja e Malte considera nessa categoria produtores que envasam até 200 mil litros por mês. E de acordo com o SINDICERV, são mais de 300 microcervejarias no país, e cerca de 84 no estado – com expectativa de aumento de 20% até 2020. E esse consumidor que começa a apreciar e compreender a cerveja artesanal, mais encorpada, com mais aroma e sabor, oferecendo uma experiência diferenciada, é que impulsiona esse mercado.
Artesanais com forte demanda em Bento
Aqui, as cervejas artesanais já caíram no gosto do consumidor mais exigente, impulsionando o surgimento de novos produtores da bebida. Uma das cervejarias, fundada há dez anos, produzia inicialmente chop. Estabelecida em São Valentin, lançou em 2015 a marca SUD Birrificio Artigianale, com nove estilos de cervejas – Pilsen Extra, Witbier, Weizenbier, American Lager, Pale Ale, Oatmeal Stout, IPA, Tripel e Dark Strong Ale.
Segundo Fábio Rombaldi, que representa a empresa, a procura pela cerveja artesanal está em crescimento não só na região da Serra, pois é um produto que oferece ótima qualidade com custo muito atrativo. “Estamos investindo em tecnologia e nos aprimorando para fortalecer nossa marca cada vez mais no mercado, divulgando e promovendo nossos produtos em festivais e eventos cervejeiros”, explica.
Ele explica que junto à cervejaria, é mantido um Pub com varejo para receber clientes e turistas, com visitação à fábrica e ao final, degustação das cervejas. Rombaldi frisa que dos nove estilos de cervejas, cinco já foram premiados em apenas um ano de presença em concursos no Brasil e no exterior. E anuncia em breve, o lançamento de mais dois estilos: Vienna Lager e Barleywine.
Um pouco de história:
A cerveja surgiu há cerca de 6 mil anos, na Suméria. Mas há pelo menos dez mil anos, já se conhecia o processo de fermentação. Levada para o mundo pelo Império Romano, chegou ao Brasil por volta de 1808, pelas mãos da família real portuguesa.
Os primeiros indícios da fabricação da cerveja no país surgem em 1836, e no RS, dez anos depois, com a chegada do casal Joham Heinrich Ritter II e Caroline Juliane Roth, vindo da Alemanha, de uma região conhecida como Hunsrück. Um dos filhos do casal fixou residência no atual município de Linha Nova, sendo o precursor da bebida aqui no estado, com a fundação da Cervejaria Ritter.
Festival da Cerveja Gaúcha
Em maio, Bento recebe o Festival da Cerveja Gaúcha, que será realizado no FundaParque, pavilhão E. O evento acontece nos dias 12 e 13 de maio (sexta, das 17h às 2h e sábado, das 15h às 2h).
Dentre as atrações, a presença de 30 cervejarias gaúchas, gastronomia e música (seis bandas autorais e DJs). Na ocasião, cada ingresso dará direito a um caneco oficial do evento, acesso ao pavilhão e aos shows.
PILA será a moeda oficial do festival (um real vale um pila). Visitantes trocarão reais por notas de pila e toda a comercialização dentro do festival só poderá ser realizada desta forma. Nos caixas de compra da moeda, serão aceitos dinheiro, cartões de débito e crédito. Ingressos na sexta a R$ 20,00 (1º lote) e R$ 30,00 (2º lote) e no sábado, R$ 30,00 (1º lote) e R$ 40,00 (2º lote).
Mais informações: www.cervejagaucha.com.br
A CERVEJA GAÚCHA
O Festival da Cerveja Gaúcha nasceu para se tornar um importante evento cervejeiro do Brasil. O Rio Grande do Sul é um dos principais estados produtores de cervejas artesanais do país e este festival pretende valorizar a produção de cerveja local.
No estado, temos mais de 85 cervejarias artesanais em operação, sendo que algumas delas já foram inclusive premiadas em competições de nível nacional e internacional. Nesse sentido, o Festival da Cerveja Gaúcha é uma celebração do trabalho que vem sendo feito pelas cervejarias do nosso estado.
O objetivo Festival da Cerveja Gaúcha é fomentar a cultura cervejeira e incentivar o público a conhecer e entender a importância de se consumir e apreciar produtos de qualidade, cheios de criatividade e inovação. Durante o FCG o público terá a oportunidade de entrar em contato com as cervejarias e assim conhecer a diversidade e versatilidade que a cerveja artesanal possui, além de ter a chance de degustar a vasta gama de estilos e receitas produzidas por aqui: desde as já conhecidas Pilsens até as amargas e aromáticas India Pale Ales (IPAs), passando por Weizenbiers, Porters, Amber Ales e Stouts. São 30 cervejarias artesanais do Rio Grande do Sul reunidas em um só lugar
Fonte: site Festival da Cerveja Gaúcha