Material escolar ficará 10% mais caro em janeiro e Procon dá dicas para consumidores economizarem na compra

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Segundo o Procon é importante fazer uma pesquisa ampla dos preços ainda em dezembro e evitar marcas caras, já que o aumento está previsto para o inicio do ano

De acordo com o fiscal do órgão, é importante fazer uma pesquisa ampla dos preços e evitar marcas caras

 

As famílias que quiserem gastar menos com a lista de material escolar das crianças devem fazer as compras ainda este ano, para fugir dos reajustes e aproveitar as liquidações. A estimativa é que os itens pedidos pelas escolas fiquem, em média, 10% mais caros em janeiro, segundo entidade do setor. A correção nos preços dos itens escolares, no início de 2019, vai ocorrer em função dos reajustes significativos no preço do papel em 2018, que influencia o valor de produtos como cadernos, livros e agendas.
De acordo com o fiscal do Procon de Bento Gonçalves, Thiago Duarte dos Santos, é preciso fazer uma pesquisa ampla dos preços e evitar materiais de marcas.
“Uma dica geral é fazer o maior número de pesquisa possível e principalmente não comprar material com identificação de personagem, super-heróis, porque esses são os mais caros. Tem que pesquisar bastante também porque se a pessoa chega com a lista, muitas vezes são feitas condições diferentes, por isso é importante pesquisar bastante em diferentes lojas. Esse é o pilar, tem que fazer pesquisa, e não levar os filhos junto, porque eles às vezes não têm noção de quanto é caro um determinado item”, diz.
Além do que o fiscal do Procon disse, especialistas em finanças sugerem que as compras sejam feitas entre o Natal e o Ano-Novo, pois depois que passa o Natal, o comércio fica menos aquecido, e pode ser mais fácil encontrar preços melhores. A recomendação também é para que os pais evitem itens com personagens de desenhos animados e filmes, em geral mais caros, e reutilizem os materiais de anos anteriores.
Uma outra dica valorosa é tentar um desconto no pagamento à vista, mas, se não for possível, pode valer a pena parcelar em várias vezes, desde que seja sem juros.

O fiscal do Procon diz que é importante os pais irem às compras sem levar os filhos juntos para evitar compra de itens muito caros

Planejamento é a chave para gastar menos
Com a chegada do fim do ano, é hora de pensar em começar 2019 sem dívidas. Janeiro é o mês de cumprir vários compromissos financeiros, como o pagamento da matrícula e a compra do material escolar, IPTU da residência e o IPVA do automóvel, que sempre deixa os desprevenidos angustiados.
Essas despesas, no entanto, são previsíveis e o aperto é decorrente da falta de planejamento, que inclui a poupança de uma pequena parte do orçamento doméstico para esses pagamentos.
A correção nos preços dos itens escolares, no início de 2019, vai ocorrer em função dos reajustes significativos no preço do papel em 2018, que influencia o valor de produtos como cadernos, livros e agendas. Isso sem contar o aumento do dólar, com impacto nos preços dos importados. De 20% a 25% dos materiais escolares vêm de fora do país, segundo a associação. Neste caso é interessante antecipar as compras para aproveitar as liquidações dos estoques anteriores. Sempre lembrando que, quem pesquisa, compara os preços e negocia certamente gastará menos.

Compra em conjunto
O material escolar permite apelar para as compras em conjunto. Aí vale combinar com os vizinhos, com os parentes e com os outros pais que também têm filhos na mesma escola. Dividindo as despesas do material escolar obrigatório dá para negociar descontos nos preços.

A correção nos preços dos itens escolares, no início de 2019, vai ocorrer em função dos reajustes significativos no preço do papel em 2018, que influencia o valor de produtos como cadernos, livros e agendas

Outras dicas
A escola pode disponibilizar a lista de material escolar, porém não deve solicitar itens de uso coletivo para os alunos, como: material para atividades de laboratório, livros para biblioteca, material de higiene e limpeza ou taxas para despesas de água, luz e telefone. Esse tipo de material ou cobrança, pode fazer parte da contraprestação da mensalidade paga pelo responsável do aluno.
A instituição também não pode exigir a aquisição de itens de marcas específicas, nem determinar a loja onde o material deve ser comprado. É importante frisar também que nada impede que a escola venda o material escolar em suas dependências, porém a mesma não deve exigir que a compra do material aconteça no local, essa prática é considerada abusiva, conforme inciso I do artigo 39 do CDC que estabelece que é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços: condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos.

Fique atento
Na hora de realizar suas compras escolares, sempre peça a sua nota fiscal, em caso de problemas com a mercadoria é necessário apresentá-la. É importante também, checar se os produtos e o valor apresentados estão corretos. Você também deve evitar realizar compras em ambulantes e camelôs, embora o preço seja mais em conta, eles não emitem notas fiscais o que pode complicar a assistência ou troca do produto, caso haja necessidade.

Sites e apps para compra de material escolar mais barato
A melhor forma de comprar e vender livros didáticos usados é à moda antiga: diretamente com os pais das crianças das séries acima na escola. Procure se informar se o colégio vai realizar alguma feira ou se há um grupo de pais no Facebook ou no WhatsApp.
Se não funcionar, o site Estante Virtual conecta compradores e vendedores de livros usados, em média, 52% mais baratos do que nas livrarias. Para vender livros usados dos seus filhos, o site cobra uma mensalidade a partir de 49,90 reais e uma tarifa mínima de 2 reais por pedido.
O Livronauta também é uma alternativa para comprar livros didáticos de sebos de todo o Brasil, à venda online.
No Mercado Livre, além de livros, dá para comprar e vender mochilas, estojos e outros materiais usados. O anúncio pode ser grátis ou custar 11% do preço final do produto, conforme o modelo.
No OLX, também dá para comprar e vender livros usados, mochilas de segunda mão e o que mais os pais desejarem. Os anúncios são gratuitos, mas há a possibilidade de pagar para que os seus produtos tenham mais visibilidade.

Especialistas em finanças sugerem que as compras sejam feitas entre o Natal e o Ano-Novo, pois depois que passa o Natal, o comércio fica menos aquecido, e pode ser mais fácil encontrar preços melhores

Para trocar livros e materiais
O Yzye é um aplicativo especializado em troca, compra e venda de livros didáticos usados. A ideia do app é criar uma comunidade em sua escola ou universidade, para que todos economizem. Os usuários podem trocar mensagens na própria plataforma.
Grupos de troca, doação e venda no Facebook também são aliados na hora de adquirir livros didáticos, material escolar e até uniformes.

Para pesquisar preços de materiais
Os sites comparadores de preços na internet facilitam as buscas para comprar material escolar pela internet.
O Zoom mostra o preço mais baixo do mesmo produto e disponibiliza gráficos do histórico de preços dos produtos, para o consumidor conferir se a loja aumentou o preço de propósito antes do início das aulas. O consumidor também pode cadastrar o produto desejado e o valor que pretende pagar por ele e, se o preço for atingido, o usuário é avisado por email.
O JáCotei possibilita instalar uma extensão no seu navegador Chrome, que, quando o consumidor acessa uma loja online, a ferramenta alerta se há o mesmo produto com preço mais baixo em outra loja.
No Sua Lista Escolar, pais podem enviar a lista de materiais dos filhos, e o site encaminha uma pesquisa catalogada, com os produtos disponíveis de diferentes marcas e preços.
Vale lembrar, no entanto, que é preciso incluir o valor do frete nas comparações, para o barato não sair caro.

Para usar cupons de desconto
É possível comprar materiais escolares pela internet usando códigos promocionais que dão entre 10% e 20% de desconto. Os sites Cuponomia e Buscadescontos oferecem cupons de desconto em lojas como Amazon, Submarino, Kalunga, Saraiva e Americanas.com. Os sites dessas grandes varejistas criam seções específicas para vender materiais escolares nesta época do ano.
Além de cupons de desconto, o site de cashback Méliuz oferece parte do dinheiro de volta na compra de materiais escolares. Para ter direito ao cashback, o consumidor precisa se cadastrar na plataforma, gratuitamente. Depois, é só procurar a loja que deseja e fazer a compra normalmente. O estabelecimento avisa o Méliuz sobre a transação e, em até 60 dias, o valor é devolvido.

 

De acordo com o fiscal do Procon de Bento Gonçalves, Thiago Duarte dos Santos, é preciso fazer uma pesquisa ampla dos preços e evitar materiais de marcas