Marca Histórica: Brasil recicla 100% do volume de latas de alumínio produzidas em 2022

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O feito é inédito no país, processadas 390,2 mil toneladas de latinhas, o que equivale a 31,85 bilhões de unidades comercializadas.

 

 

Os dados são dá Recicla Latas, com apoio da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).

Logística Reversa

O feito alcança não somente a economia e geração de renda, mas também trás impactos positivos no campo ambiental, econômico e social, segundo as associações.

De acordo com Renato Paquet, secretário executivo da Recicla Latas, o resultado comprova mais uma vez que o sistema de logística reversa brasileiro das latas de alumínio é robusto e maduro.

“Nossos associados continuam aperfeiçoando esse modelo e mantendo nossos índices em patamares elevados, inclusive em cumprimento aos compromissos que assumimos com o Ministério de Meio Ambiente.”

Nos últimos 15 anos, a média de reciclagem está acima dos 95%, colocando o Brasil como uma das maiores potências mundiais no ramo. Em 2021, por exemplo, a taxa foi de 98,7%.

De acordo com Cátilo Cândido, presidente do conselho da Recicla Latas, o ano de 2022 foi atípico, mas a instituição está feliz pelo recorde.

“Houve um ajuste de estoques na cadeia produtiva, com reflexos até mesmo no nosso índice de reciclagem. No final das contas, houve um fluxo maior de latas para a reciclagem.”

Um dos maiores benefícios da reciclagem das latinhas é a economia de energia elétrica.

A mineração de bauxita que é a principal matéria-prima do alumínio, assim como seu refino para criar um novo produto “do zero”, demanda altos gastos com eletricidade.

Já a reciclagem do mesmo material consome apenas 5% desta energia para a produção de novas mercadorias.

Além disso, são necessárias cinco toneladas de minério de bauxita para cada tonelada de novas latas de alumínio produzidas para substituir aquelas que não foram recicladas.

Esse procedimento gera cerca de cinco toneladas de lama cáustica que pode contaminar as águas superficiais e subterrâneas e, por sua vez, afetar a saúde das pessoas e dos animais.

Ainda também, a fundição do alumínio ainda produz óxido de enxofre e óxido de nitrogênio, dois gases tóxicos que possuem papéis importantes na poluição do ar e na chuva ácida.

A reciclagem de latinhas evitou a emissão de mais de 15 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) nos últimos 10 anos.

O impacto é também econômico e social: foram R$ 6 bilhões injetados na economia oriunda da prática, gerando renda para mais de 800 mil catadores.