Após dar explicações ao Procon-SP sobre a retirada de uma vaga de emprego para negros e indígenas da plataforma, o LinkedIn anunciou uma mudança em sua política interna nesta quarta-feira (30).
A rede social vai passar a aceitar a divulgação de anúncios de emprego que demonstram preferência por certas características, como idade, gênero, raça ou etnia, por exemplo.
“No Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas”, diz o comunicado da empresa.
Entenda o caso
LinkedIn vai passar a aceitar a divulgação de anúncios de emprego que demonstram preferência por características, como idade, gênero, raça ou etnia.
Na semana passada, como mencionado antes, o LinkedIn tirou do ar um anúncio de uma vaga com preferência para candidatos negros e indígenas.
Em sua defesa, a empresa declarou que as vagas de emprego não devem especificar “preferências ou requisitos relacionados a características individuais”.
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A rede social anunciou que mudou o seu posicionamento motivada pelos questionamentos recebidos de órgãos públicos e usuários brasileiros.
“Atualizamos nossa política global de anúncios de vagas para permitir a divulgação de publicações que expressam preferência por profissionais de grupos historicamente desfavorecidos na contratação em países onde esta prática é considerada legal”, diz o LinkedIn.
“No Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas. Agradecemos o feedback que recebemos da nossa comunidade no Brasil. Fazer a coisa certa é importante e estamos comprometidos em continuar aprendendo e melhorando”, acrescenta o comunicado da empresa.
Outras empresas apoiaram a decisão
Gigantes como a Magazine Luiza, o banco digital NuBank e o Ifood apoiaram a novidade: “Recebemos com muita satisfação o posicionamento do LinkedIn sobre a atualização de sua política global de anúncios de empregos”.
A Natura também comemorou a decisão em nota divulgada pelo LinkedIn: “Em um mundo ainda profundamente marcado pela injustiça social, é dessa sensibilidade e coragem que precisamos para efetivar as transformações necessárias que ampliem o acesso de populações historicamente excluídas do mercado de trabalho”.