“Podem ficar tranquilos. A mercadoria dos produtos Kinder Ovo recebemos da fábrica da Argentina,” declarou o presidente da Agas no caso da salmonela
Um casal do interior de São Paulo relatou ter encontrado larvas no Kinder Ovo ao abrir o chocolate no último domingo (17). O episódio aconteceu na cidade de Itapetininga e foi registrado em vídeo.
A imagem mostra uma larva, viva, se movimentando em uma das extremidades do chocolate. O Kinder Ovo em questão foi comprado em Itapetininga, mas fabricado na Argentina.
O responsável pelo vídeo foi o estudante de engenharia Ricardo Romanha de Oliveira. O estudante ganhou o ovo como parte de um presente de Páscoa da namorada, adquirido em um shopping da cidade.
“Dividimos o chocolate. Metade eu entreguei para a minha namorada e fiquei com a outra. Quando eu coloquei aquilo na boca, vi as larvas se mexendo na outra parte e joguei o chocolate no chão. Minha namorada também já estava mastigando. Foi nojento. Uma sensação horrível”, declarou.
O estudante contou que, além do nojo, ele e a namorada tiveram de lidar com dores abdominais e enjoos após o consumo do chocolate.
Justiça deu prazo para empresa se justificar no caso da salmomela
Na última semana, as autoridades de saúde da Bélgica determinaram o fechamento da fábrica Ferrero no país, localizada na cidade de Arlon. Isso porque perto da Páscoa, a companhia está sendo investigada por conta de dezenas de casos de salmonella que poderiam estar ligados a ingestão de chocolate usado no Kinder Ovo.
Vários lotes de Kinder Ovo e outros itens da linha foram recolhidos de prateleiras pela Ferrero em Portugal, Espanha, Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos e Austrália, porém, sem vincular o recall aos casos de salmonella. A agência de segurança alimentar da Bélgica confirmou uma ligação entre as mais de cem infecções e a produção no país
Por conta disso, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a empresa Ferrero do Brasil a prestar esclarecimentos de eventual risco de contaminação no país de chocolate Kinder Ovo, que em território brasileiro ele é o Kinder Surprise.
O Ministério da Justiça deu um prazo de 72h até a Ferrero Brasil se prontificar sobre o caso.
Ferrero Brasil vai à público e garante segurança nos produtos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta quinta-feira (14), o alerta divulgado pela Rede Internacional de Autoridades de Segurança Alimentar (Infosan), sobre o surto de Salmonella em chocolates da marca Kinder. De acordo com o comunicado, o Brasil não está incluso na listagem de países para os quais o produto foi direcionado.
Os representantes da empresa ainda enviaram um comunicado à Anvisa, onde informam que a contaminação foi oriunda apenas da fábrica em Arlon, na Bélgica e suspenderam as atividades, sendo assim, as mercadorias não afetam o Brasil.
Mesmo assim, como prevenção, a agência aconselhou aos consumidores que pretendem adquirir o produto, que verifiquem os dados do rótulos:
Kinder Surprise Maxi 100 g, Kinder Surprise 1 x 20 g, Kinder Surprise 3 x 20 g (60 g), Kinder Surprise 4 x 20 g (80 g), Kinder Schokobons WHITE 200 g, Kinder Schokobons 200 g, Kinder Schokobons 125 g, Kinder Schokobons 300 g, Kinder Mix Peluche 133 g, Kinder Mix Advent Calendar 127 g, Kinder Mini Eggs Hazelnut 100 g, Kinder Mini Eggs Mix 250 g, Kinder Happy Moments 162 g.
Se caso for achado algum desses lotes, as denúncias devem ser feitas através da Ouvidoria da Anvisa, na plataforma Fala.BR.
No entanto, a Gazeta entrevistou o presidente da Associação Gaúcha de supermercados, Antônio Longo, que passou segurança. “Podem ficar tranquilos. A mercadoria dos produtos Kinder Ovo recebemos da fábrica da Argentina.”
Anvisa proíbe a venda de chocolates
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) soltou um comunicado na última semana, proibindo a venda de chocolates da marca Kinder importados da Bélgica. A medida ocorre após serem registrados casos de salmonella em países da Europa.
Ainda segundo a Anvisa, mesmo o Brasil não estando na listagem de países contaminados, o órgão disse que é prudente tomar a medida para evitar o consumo em solo nacional, ainda mais durante o período de páscoa.
A regra vale apenas para chocolates produzidos pela Ferrero na Bélgica.