Esse é o maior valor registrado pelo Banco Central desde 2017
Quem utiliza cartão de crédito com frequência precisa ter cautela para não atrasar as faturas. Isso porque a taxa de juros do rotativo ficou em 399,5% ao ano em outubro, de acordo com o Banco Central. A taxa é a maior desde agosto de 2017, quando ficou em 428%.
O custo da modalidade de empréstimos teve uma alta de 52,1 pontos percentuais apenas em 2022. No final de 2021, o valor chegava a 347,4% ao ano.
Os bancos oferecem o parcelamento no cartão, que consiste em uma renegociação do saldo devedor em prazos maiores (de 12 a 24 meses) e com um custo menor para o devedor. O BC explica que juros do parcelado do cartão estão em 184% ao ano, o que representa uma taxa de 9% ao mês.
A taxa básica, a Selic, passou de 9,25% em 2021 para 13,75% ao ano até outubro deste ano. Ela influencia diretamente nos juros cobrados no país.
O cheque especial registrou uma ligeira queda na taxa de juros, para 132,5%, em relação a134,3% ao ano registrada em setembro, enquanto as taxas cobradas no crédito consignado de trabalhadores do setor privado subiram de 37,5% para 45,6% ao ano.
Neste cenário, a inadimplência no crédito livrem que não considera recursos direcionados ou subsidiados, ficou fixada em 4,2%, o maior patamar desde agosto de 2018. O indicador considera os atrasos nos pagamentos superiores a 90 dias.
No caso das pessoas físicas, essa taxa de inadimplência foi de 5,9%, a maior desde maio de 2017.