Ao todo, são 11 chamadas públicas que dividem um recurso de R$ 2,18 bilhões
Parceiro para conectar negócios à inovação, o Inova Bento apresentou como as empresas locais podem ser contempladas com recursos para criarem projetos que estimulem o desenvolvimento tecnológico e produtivo do país, através dos novos editais do Programa Finep Mais Inovação. O encontro ocorreu no dia 06 de fevereiro.
Ao todo, são R$ 2,18 bilhões distribuídos em 11 chamada públicas – sendo 10 de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis) – que contemplam seis missões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. As áreas são voltadas a projetos ligados à agroindústria (R$ 280 mi), à saúde (R$ 500 mi, sendo R$ 250 para ICTs), à infraestrutura urbana (R$ 350 mi), à transformação digital (R$ 270 mi), à bioeconomia (R$ 500 mi) e à defesa da soberania nacional (R$ 280 mi). “Cada um tem objetivos específicos. Edital, basicamente, é seguir a regra, e cada um tem a sua. Mas todos, nesse caso, é preciso observar o alinhamento com a missão, o alinhamento com os objetivos e o alinhamento com os benefícios para a sociedade. Sem isso, se reduzem as chances e o projeto ser aprovado”, disse a coordenadora do Inova Bento, Fernanda D’Arrigo, também responsável pela captação da Galapos, cujo um dos braços de atuação é na área de Incentivos Governamentais.
Fernanda comparou a participação em editais públicos a uma prova de maratona. “Cada um está no seu objetivo, mas vai ganhar quem for mais rápido e quem estiver mais preparado”, comentou. Para correr essa maratona, antes é preciso passar pela habilitação. Nessa etapa, há a verificação da aderência da proposta e da capacidade de aporte da contrapartida. Em seguida, vem a análise do mérito, quando há um pente-fino nos aspectos técnicos do projeto. Para ser aprovado, as propostas têm de tingir 75% da nota máxima possível em cada um dos sete tópicos – intensidade da inovação, abrangência, mobilização do sistema de inovação, grau de incerteza tecnológica, qualificação da equipe, composição dos itens de dispêndios e trajetória de inovação da empresa. “Se não passar na habilitação nem é olhado o mérito”, reforçou Fernanda.
Para ela, os projetos para esses editais precisam ter um grau de novidade, mas não serem totalmente validado. “Quanto mais risco, melhor”, disse. As empresas podem participar dos editais a partir de duas formas: arranjo simples, com valor de projeto entre R$ 5 milhões e R$ 20 milhões, e arranjo em rede, com valor entre R$ 5 milhões e R$ 40 milhões. Na primeira, o proponente deve estar ligado a ao menos uma ICT (Instituto de Ciência e Tecnologia). No segundo, é preciso o envolvimento de quatro atores – a empresa proponente, ao menos duas outas coexecutoras e ao menos uma ICT.
As chamadas ficarão abertas para submissão de propostas até que o orçamento esteja comprometido em sua integralidade. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A contrapartida das empresas nos projetos é obrigatória e variável segundo o porte. Ao final, a Fundação Proamb, credenciada no ano passado como ICT pela Finep, falou sobre sua atuação nessa área.
Os editais podem ser acessados neste endereço: http://tinyurl.com/2atnmuy9.