Só o preço da cenoura — que até virou meme e alvo de protestos no início do mês — subiu 31,47%, acumulando alta de 166,17% no último ano.
Os alimentos para consumo em casa foram um dos principais responsáveis pela inflação de 1,62% registrada em março, a maior para o mês desde 1994, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A maior contribuição dentro desse grupo, porém, veio do tomate. Com preços 27,22% em março mais altos em março, o impacto foi de 0,08 ponto percentual na alta total registrada entre alimentos e bebidas (2,42%).
O leite longa vida, o ovo e o pão francês, muito afetado pela guerra entre Rússia e Ucrânia devido à crise de grãos, também ficaram mais caros no mês passado.
Em fevereiro, o grupo “alimentação” já havia subido 1,28%.
Veja algumas das maiores variações registradas entre alimentos e bebidas, de acordo com o IBGE:
Melão: 35,18%
Cenoura: 31,47%
Repolho: 26,72%
Tomate: 27,22%
Melancia: 12,29%
Cebola: 10,55%
Leite longa vida: 9,34%
Óleo de soja: 8,99%
Alface: 8,87%
Ovo de galinha: 7,08%
Feijão carioca: 6,43%
Sal: 3,57%
Pão francês: 2,97%
Café moído: 2,87%
Arroz: 2,69%
Filé mignon cai
Entre os poucos alimentos que ficaram mais baratos em março, destaque para a carne de carneiro e o filé mignon, cujos preços caíram 8,84% e 4,35%, respectivamente. Algumas frutas, como pera, maracujá e limão, também tiveram redução -mas insuficiente para segurar a alta da inflação.
Algumas das maiores quedas registradas no mês passado foram:
Banana-maçã: -12,35%
Limão: -12,12%
Carne de carneiro: -8,84%
Pera: -7,56%
Maracujá: -7,38%
Abobrinha: -6,69%
Filé mignon: -4,35%
Feijão mulatinho: -3,61%
Mandioca: -3,05%
Frango em pedaços: -2,03%
Fubá de milho: -1,59%
Chá mate: -1,06%
Carne de porco: -0,51%
Peixe (pescada): -0,35%
Pão de queijo: -0,27%
Comer fora
No grupo “alimentação fora do domicílio”, a refeição subiu 0,6% em março, depois de ficar próxima à estabilidade no mês anterior (0,02%). Já o lanche teve alta de 0,76% — uma desaceleração frente a fevereiro, quando subiu 0,85%.
O cafezinho foi o item com maior variação (2,31%), seguido pelo sorvete (1,77%) e por outras bebidas alcoólicas (1,33%).
Confira todas as porcentagens:
Cafezinho: 2,31%
Sorvete: 1,77%
Outras bebidas alcoólicas: 1,33%
Refrigerante e água mineral: 0,88%
Lanche: 0,76%
Refeição: 0,6%
Cerveja: 0,07%
Doces: -0,03%
Vinho: -2,53%