Inflação do aluguel desacelera: contratos de fevereiro livres dereajuste

2015-04-10_190211
Os dados, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), revelam uma queda acumulada de 3,32% nos últimos 12 meses
 
O Índice Nacional de Preços – Mercado (IGP-M), que desempenha um papel crucial no reajuste de contratos de aluguel no Brasil, apresentou uma desaceleração significativa, registrando uma variação de apenas 0,07% em janeiro. Os dados, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), revelam uma queda acumulada de 3,32% nos últimos 12 meses.
 
Essa desaceleração representa uma boa notícia para os locatários, especialmente para aqueles com contratos programados para vencer em fevereiro, pois indica que esses contratos não sofrerão reajustes no momento. Em contraste, no mês anterior, em dezembro, o IGP-M havia registrado um aumento de 0,74%. No mesmo período do ano anterior, janeiro de 2023, o índice havia subido 0,21%, acumulando um aumento de 3,79% nos 12 meses anteriores.
 
É importante notar que, embora o percentual acumulado do IGP-M possa influenciar os contratos de locação, muitos deles contêm cláusulas que impedem o reajuste negativo do indicador. Portanto, a maioria dos inquilinos não deve sofrer aumento em seus aluguéis neste momento.
 
No entanto, é fundamental que os inquilinos estejam cientes dos indicadores de reajuste estabelecidos em seus contratos de locação, já que muitas negociações passaram a utilizar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, como indexador em novos contratos. O IPCA encerrou o ano de 2023 em 4,62%.
 
O cálculo do IGP-M leva em consideração a variação de preços de bens e serviços, além de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial, bem como na construção civil. Isso resulta em uma variação diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que baseia-se em uma cesta de bens destinada a famílias com renda de até 40 salários mínimos.