Incorporadora afirma que empreendimento respeita requisitos do Plano Diretor e demais legislações

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Em entrevista exclusiva à Gazeta, o empresário Rafael Siviero, sócio da incorporadora H3, explica a polêmica em torno do empreendimento Legacy

Depois de  divulgação de possível irregularidades na construção do empreendimento da incorporadora H3, o empresário Rafael Sivieiro,  representante legal da incorporadora H3, que está construindo o prédio Legacy, em frente à Praça Centenário, em Bento Gonçalves,  esclarece que sempre foram respeitados todos os requisitos legais, e que a única irregulariadade seria a “falta de avaliação do projeto do edifício pelo Complan, que se tornou necessária somente em razão das queixas dos moradores do prédio vizinho”

Segundo  Rafael Sivieiro. “o empreendimento em questão respeita a todos os requisitos legais do Plano Diretor e demais Legislações pertinentes”, e acrescenta que “através da aquisição de índice construtivo foi possível aumentar a área construída, chegando aos 16 (dezesseis) pavimentos”, esclarece o empresário,  complementando que  “tais medidas são totalmente permitidas pela Legislação Municipal, tanto que o Projeto foi aprovado por todos os órgãos municiais que o avaliaram”.

Desacordo com vizinhos

“A taxa de ocupação, altura da edificação, taxa de impermeabilização, recuos e afastamentos estão rigorosamente de acordo com o que permite o Plano Diretor,  inclusive, tais especificações vêm sendo sistematicamente questionados por moradores vizinhos do Legacy, desde o ano de 2020, sem que até o presente momento o município tenha acolhido qualquer reclamação”, explica o empresário.

Segundo o Sivieiro, no acordo firmado junto ao Ministério Público no último dia 30, a única irregularidade reconhecida pelo município diz respeito a falta de avaliação do projeto do edifício pelo Complan, que se tornou necessária somente em razão das queixas dos moradores vizinhos à obra. “Se não fosse pelas reclamações, o projeto não precisaria passar pelo Complan”, reforça.

Siviero enfatiza  que “o município sustentou que o dito Estudo de Impacto de Vizinhança  era “desnecessário, e por isso não foi exigido”.

Mesmo não sendo obrigada a elaborar o Estudo de Impacto de Vizinhança, a incorporadora H3 optou por fazê-lo, depois desta reuinão do dia 30 de março, “com vistas, unicamente, a tentar aplacar a sanha dos moradores do prédio vizinho”, destaca. A cópia da Ata da Audiência, ocorrida no do 30 de março de 2022,  foi encaminhada à redação da Gazeta como comprovação.

“O fato é que os moradores do prédio vizinho se sentem contrariados e não aceitam qualquer nível de incômodo gerado pelo progresso ( barulho de obra,  sombra da edificação, etc) , mas  qualquer cidadão está sujeito aos  inconvenientes de uma construção do lado do seu imóvel”, podera o empresário.

“A H3 tem ciência de que a construção, como qualquer outra, vai gerar transtornose sempre se comprometeu a não medir esforços para diminuir os impactos, porém, é impossível evitar todos os transtornos, mas é certo que logo terminaram, pois obra tem hora pra acabar”, finaliza Rafael Siviero, garantindo que a incorporadora já deu início ao processo do estudo de Impacto de Vizinhança  e aguardará o parecer do Complan, conforme foi acordado.