Herpes-zóster: 15% de chances de aumento após Covid

2015-04-10_190211

O problema é mais comum em pessoas acima de 70 anos, que já têm o sistema imunológico mais fraco por conta da idade

 

Uma pesquisa publicada na plataforma Open Forum Infectous Diseases mostra que o risco de apresentar herpes-zóster aumenta entre pacientes com mais de 50 anos que passaram pela Covid.

O herpes-zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora, que fica latente e pode voltar a surgir quando há uma baixa significativa no sistema imunológico do paciente. O problema é mais comum em pessoas acima de 70 anos, que já têm o sistema imunológico mais fraco por conta da idade.

Realizada por pesquisadores belgas e norte-americanos ligados ao laboratório GSK, a pesquisa cruzou dados de usuários de dois planos de saúde de grande porte dos Estados Unidos.

De acordo com os autores, o grupo de recuperados da Covid-19 acima de 50 anos tem 15% mais chance de apresentar herpes-zóster no período de seis meses após a infecção provocada pelo coronavírus. Se o quadro do paciente durante a Covid incluiu hospitalização, esse risco chega a ser 21% maior.

O herpes-zóster já estava relacionado como um dos possíveis sintomas da Covid. A nova pesquisa avançou ao calcular a taxa de risco dos pacientes acima de 50 anos terem a doença.

Os autores do trabalho chamam a atenção para que os pacientes com mais de 50 anos mantenham a cobertura vacinal contra a herpes-zóster em dia para evitar que o vírus da varicela ressurja em consequência da pane imunológica provocada pela Covid-19.

 

Sintomas

O herpes-zóster se manifesta por bolhas em apenas um lado do corpo, geralmente elas aparecem no tórax, costas ou barriga, acompanhando uma terminação nervosa. A doença provoca coceira, dor e formigamento na região.

Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia.

Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada.

Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo.

Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais.

Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar.

A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus.

Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo.

Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma “segunda onda” dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo.

Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia-a-dia.

Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada.