No último sábado (16), o governador Eduardo Leite participou da entrega de 10 novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Geral de Caxias do Sul. Na ocasião, Leite falou sobre a situação dos frigoríficos do Estado, em especial os que estão localizados na região da Serra Gaúcha.De acordo com Leite, por conta do microclima que existe nas unidades frigoríficas, da proximidade exigida entre os trabalhadores e pela dificuldade das empresas efetivarem a redução no número de pessoas, a transmissão do vírus é aumentada nestes locais. Segundo o governador, surtos de Coronavírus estão acontecendo em frigoríficos do mundo inteiro. Eduardo Leite comenta que o setor alimentício é essencial e empresas frigoríficas possuem um aspecto que agrava a situação: “Quando se para de abater, começa a ter uma superpopulação [de aves]. Isso gera um problema sanitário, de bem estar animal, e aí acaba se conduzindo para o que queremos evitar: o chamado abate sanitário. Não vão poder funcionar os frigoríficos, mas os animais terão de ser abatidos e enterrados em covas… Assim teremos um duplo problema: econômico e de alimentos desperdiçados.”
Ainda, essa situação tem o potencial de afetar as exportações, uma vez que empresas frigoríficas podem perder suas habilitações em exportações por problemas sanitários e de segurança alimentar. Leite afirma que as indústrias estão tendo acompanhamento do Ministério Público para que se garanta a segurança das atividades e a manutenção dos milhares de empregos do setor.
A cidade de Garibaldi identificou dois surtos de Coronavírus em frigoríficos da cidade. Em ambos locais, mais de 70 funcionários foram atestados positivos para o vírus. Um dos frigoríficos, localizado em São Roque Figueira de Mello, teve suas atividades paralisadas pelo período de três dias após a empresa assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho.