Google muda algoritmo para alertar usuários sobre possíveis fake news

2015-04-10_190211

Decisão veio após a crescente disseminação de notícias e artigos falsos na web

O Google está com novidades no seu sistema de buscas: O algoritmo será modificado e atualizado para alertar o usuário quando o resultado de uma busca não for seguro. Trata-se de um passo importante para evitar teorias conspiratórias, mentiras e outras questões, principalmente em sites menores, com pouca visualização.

O comunicado também vai alertar toda vez que algo esteja mudando rapidamente, como fatos recentes ou dados estatísticos preliminares. Se um tópico for muito novo, a mensagem dirá que “pode levar algum tempo para que os resultados sejam adicionados por fontes confiáveis”.

Isso está em teste com um pequeno grupo de usuários desde a semana passada e deve ser liberado gradualmente para todos. Inicialmente, o foco são assuntos polêmicos e em voga, como a COVID-19 ou boatos e fofocas que surgem automaticamente, na maioria das vezes por bots, na internet.

O Google tem se empenhado juntamente com redes sociais para frear a atuação de grupos responsáveis por espalhar fake news, conspirações e outras teorias malucas sem qualquer respaldo.

Antes, havia muito receio em remover esse tipo de conteúdo com medo de cercear a liberdade, mas as empresas notaram que essa omissão tem gerado ameaças até para regimes democráticos.

Por enquanto, o recurso ainda tem um caráter pedagógico, para tentar educar as pessoas e criar o hábito de desconfiar do que leem, principalmente no caso de sites questionáveis ou de informações parciais.

O aviso não vai dizer se o resultado está certo ou errado, mas apenas alertará para a falta de dados mais sólidos. Em fevereiro deste ano, um botão com link para “mais informações” foi inserido para permitir a pesquisa em fontes relacionadas a determinado assunto.

Essa adição deve seguir na mesma linha. Assim, antes de sair espalhando sobre uma “nova pandemia”, a pessoa pode checar antes na busca se algum site respeitado já falou sobre aquilo. Ainda não está claro como o algoritmo da companhia vai classificar quais fontes são ou não confiáveis. Fonte: Vox e CanalTech