Clientes da operadora têm relatado problemas com perfis na rede social.
Um golpe envolvendo a segurança do Instagram, Claro e de bancos digitais está afetando muitos usuários da rede social que possuem o chip da operadora de telefonia.
Isso porque os golpistas conseguem obter um novo número telefônico pertencente à Claro em nome de uma pessoa (com os criminosos fechando a conta da vítima ou fazendo uma portabilidade), e depois assumindo o perfil no Instagram dessa pessoa, passando a comercializar produtos pela rede social e usando a conta bancária em nome da própria vítima.
Uma vítima desse golpe, foi o especialista em segurança Jorge Lordello. Ao tentar fazer uma ligação, ele notou que a linha telefônica dele estava inoperante, assim como a internet móvel da operadora também.
Ele foi até uma loja da Claro nas proximidades de onde estava e ouviu de uma das atendentes que houve uma tentativa de entrada na conta, feita por golpistas, e com isso a operadora resolveu bloqueá-la. Para resolver essa questão, seria necessário apresentar o RG ou o CPF.
Depois de desbloquear a conta com a operadora de telefonia, a vítima começou a receber inúmeras mensagens no WhatsApp, dizendo que o perfil dele no Instagram havia sido invadido. Ele tentou entrar na conta e não conseguiu.
Ele utilizou outra conta para verificar a primeira e notou que os golpistas mudaram as configurações de número do celular e e-mail utilizados por ele há dez anos.
Os criminosos estavam vendendo mercadorias como se fossem ele, inclusive interagindo com possíveis compradores.
A vítima relatou que uma conta no banco digital Dotz foi aberta no nome dele, utilizando nome e CPF. Assim, a conta invadida passava um ar de credibilidade, já que os criminosos usavam uma conta em nome da vítima para receber os valores de possíveis vendas.
Ele conseguiu recuperar a conta principal apenas após fazer dois boletins de ocorrência e trocar e-mails com a equipe do Instagram, contendo documentos digitalizados, para garantir a veracidade das informações, porém, precisou ele mesmo apagar as publicações das mercadorias que estavam “sendo vendidas”.