Petrobras foi a empresa petroleira que mais pagou dividendos neste ano
O preço do gás de cozinha no Brasil está 25% mais caro do que aquele praticado nos mercados internacionais, apontou um levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Lá fora, o botijão de 13 quilos custa cerca de R$ 39, enquanto a Petrobras cobra R$ 49 das distribuidoras. Para o consumidor final o custo é de R$ 112,13 em média.
Desde que foi instituída por Michel Temer, a política de preços da Petrobras acompanha o custo internacional do petróleo na hora de calcular o preço para o mercado interno, em vez de utilizar como base o custo de produção nacional.
Apesar disso, nem em nome da suposta paridade com os preços internacionais o valor cobrado pela Petrobras dos distribuidores faz sentido, uma vez que é muito mais caro.
Segundo a empresa, o cálculo de preço da empresa leva em conta outros fatores. “O valor no mercado brasileiro é resultado do equilíbrio global de oferta e demanda, sendo influenciado, portanto, por outras frentes de suprimento”. No passado, a empresa já admitiu demorar para repassar reajustes internacionais para o consumidor brasileiro para não trazer a volatilidade internacional para o cenário nacional.
No entanto, o preço do gás no Brasil está acima da média desde abril, mais de seis meses, e mesmo assim não houve uma redução significativa por parte da petroleira. Recentemente houve apenas três reduções, que acumuladas fizeram o preço cair de R$ 58,21 para R$ 49,19.
A Petrobras recentemente fez também reduções no preço da gasolina e do diesel, que segundo a sua política de preços, deveriam aumentar novamente em 10% e 13%, respectivamente.
Entretanto, fontes internas da estatal afirmam que o governo federal está pressionando a empresa para deixar os preços baixos até o segundo turno das eleições, de modo a não prejudicar a popularidade do presidente em sua disputa pela reeleição.