Fiocruz observa alta na morte de idosos e alerta

2015-04-10_190211

Relaxamento das medidas de prevenção tem aumentado a circulação do coronavírus

De cada dez mortos pela Covid-19 no Brasil atualmente, quase sete são idosos, segundo novo boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, divulgado nessa semana. O avanço da vacinação entre as pessoas mais jovens e o fato de o vírus continuar circulando intensamente no País explicam o fato de o segmento mais vulnerável da população voltar a representar a maior parte dos óbitos pela infecção, mesmo com duas doses de vacina.
A proporção de idosos entre o total de internações pela Covid já esteve em 27,1% na semana 23, entre 6 e 12 de junho. Agora, nas semanas 31 e 32, de 1º a 14 de agosto, o porcentual é de 43,6%. No caso dos óbitos, comparando com a mesma semana 23, o salto foi de 44,6% para 69,2%, mostrando claramente a reversão da tendência anterior, que era de rejuvenescimento da pandemia.
Isso não quer dizer que os imunizantes não funcionem, como frisam sempre os especialistas. Pelo contrário, a vacinação reduz significativamente o número de casos graves e óbitos. Nenhuma vacina, porém, é 100% eficaz. Diante da alta circulação do vírus, é esperado que o número de casos e mortes aumente proporcionalmente na faixa etária mais vulnerável. Além disso, é natural que a imunidade caia após alguns meses da vacinação. Por isso, cientistas pedem mais atenção às medidas de prevenção.
Em geral, em todo o País, os casos e óbitos pela Covid vêm caindo de forma sustentada nas últimas oito semanas. A taxa de mortalidade geral do Brasil diminuiu 0,9% ao dia. A taxa de incidência de casos de Covid foi reduzida em 1,5% diariamente.