Falta profissionais no RS para trabalhar na área de TI

2015-04-10_190211

Com alta de 10,4% no faturamento, empresas gaúchas dependem de capital humano para crescer mais

Depois da alta de 10,4% no faturamento em 2020, as empresas gaúchas de tecnologia da informação (TI) têm um novo desafio: formar profissionais para acelerar o ritmo de crescimento conquistado durante a pandemia. Projeções da associação setorial no Estado (Assespro-RS) ainda indicam nova expansão de dois dígitos em 2021 e 2022.

Mas, para consolidar e até mesmo ampliar os resultados futuros, será preciso formar capital humano e preencher, pelo menos, 6 mil vagas em aberto no Rio Grande do Sul. Com salários que podem chegar a R$ 15 mil, o segmento respondeu por 33 mil postos de trabalho criados no segundo trimestre, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 10 anos, de 2010 a 2019, enquanto o pessoal ocupado no Estado saltou 21,15%, na TI o avanço foi de 32,6%.

A situação, entretanto, não é uma exclusividade do Rio Grande do Sul. Estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) revelam que a carência de profissionais poderá alcançar a marca de 400 mil em todo o país até 2024. O dado é fruto de uma equação que considera o aumento médio da demanda em 100 mil novas vagas, a cada ano. Em contrapartida, são formados apenas 46 mil profissionais em universidades, cursos técnicos e institutos federais em igual período.

Os números do setor no RS

Faturamento de R$ 24,5 bilhões

Em 10 anos, até 2019, a receita bruta total cresceu 74,26%

33 mil novas vagas abertas no segundo trimestre

Em 10 anos, até 2019, as vagas saltaram 32,6%

Alta de 31,8% em novas empresas

Em 10 anos, até 2019, passou de 5,5 mil para 7,3 mil empresas ativas

O faturamento do setor cresceu 10,4% em 2020

Projeção indica 14% de avanço para 2021

Algumas vagas em aberto pagam até R$ 15 mil

RS tem a sétima maior remuneração média do país: R$ 4,3 mil

No país

A defasagem de profissionais pode chegar a 400 mil em 2024

A cada ano, 100 mil novas vagas são demandadas e apenas 46 mil pessoas são formadas