Europa se preparara para pandemia mais dura a seguir

2015-04-10_190211

A pandemia de coronavírus vai se agravar na Europa nos próximos dois meses e a mortalidade vai aumentar, alertou hoje um diretor da Organização Mundial da Saúde, um dia após o mundo registrar um recorde de contágios diários. “Vai ser mais duro. Em outubro, em novembro, vamos observar uma mortalidade mais elevada”, afirmou Hans Kluge, diretor para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante da multiplicação de focos da doença em todo o mundo, os países voltam a impor fortes medidas de contenção. A Inglaterra, por exemplo, adotará restrições às reuniões sociais, enquanto Israel voltará a impor um confinamento nacional a partir do fim de semana. A Europa registra atualmente uma aceleração dos contágios, sobretudo na Espanha e na França, embora a taxa de mortalidade permaneça estável, segundo a OMS Europa. No domingo, um novo recorde de contágios foi alcançado com 308.000 novos casos.

A descoberta de uma vacina contra o vírus não vai encerrar a pandemia.
Como na Inglaterra, onde a partir da última segunda-feira serão proibidas reuniões com mais de seis pessoas. A medida, que não afeta as demais regiões do Reino Unido, será aplicada em locais fechados e abertos, com exceção de escolas, locais de trabalho, casamentos e funerais.
A partir da última terça-feira, em Birmingham, a segunda cidade mais populosa do Reino Unido, não serão autorizados encontros entre amigos ou familiares, anunciaram as autoridades locais.
Na Áustria, o uso obrigatório da máscara foi estendido a lojas e prédios públicos diante do início de uma segunda onda.

Volta às aulas na Itália
Na Itália, outro país europeu muito afetados pelo vírus, com mais de 35.500 mortes e mais de 280.000 infecções, cerca de 5,6 milhões de alunos voltaram às salas de aula nesta segunda-feira, após seis meses de fechamento. O país anunciou medidas sanitárias para permitir o retorno: o uso de máscaras, das quais o governo fornecerá cerca de 11 milhões de exemplares diários para professores e alunos, a repetida lavagem das mãos, possível graças aos 170 mil litros de álcool em gel prometidos semanalmente pelas autoridades, e o distanciamento social, possibilitado pela construção de 5.000 novas salas e a expansão de outras 5.000. A região da América Latina e Caribe é a mais afetada pelo vírus, com quase 310.700 mortes e 8,3 milhões de infecções.O Brasil é de longe o país mais afetado do continente, com 131.625 mortes e 4,3 milhões de infecções.