Estudo aponta irregularidades no comércio de toneladas de ouro no Brasil

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O Brasil comercializou 229 toneladas de ouro entre 2015 e 2019 com indícios de irregularidade, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Escolhas.

O estudo analisou mais de 40 mil registros de comercialização e imagens de extração. Dessa quantia total, 79 toneladas foram comercializadas por cinco empresas que compraram ouro na Amazônia, representando um terço da quantidade. Essas companhias possuem atuação em todas as etapas da cadeia produtiva do ouro.

Entre essas campanhas estão firmas que possuem garimpos com indícios de irregularidades e que vendem ouro para suas próprias distribuidoras de títulos, nome dado para um tipo de agente econômico que adquire e repassa para outras empresas envolvidas na manufatura e venda de produtos.

Também há distribuidoras de valores de grupos empresariais com laços com empresas de refino, de transporte e de exportação. Segundo o Instituto Escolhas, isso é um problema pois gera um conflito de interesses.

O estudo aponta medidas para combater as ilegalidades na cadeia de comercialização do ouro. Entre elas está a adoção da obrigação de rastreamento do ouro. A associação também defende acabar com os benefícios legais aos garimpos e com a Permissão de Lavra Garimpeira.

O documento também reivindica a aplicação de recursos para a fiscalização da extração e comércio de ouro e para o combate a crimes e ilegalidades.