Estelionatos virtuais preocupam órgãos de segurança

2015-04-10_190211

Golpes on-line atingem pessoas de diferentes faixas etárias

A facilidade ao acesso às tecnologias e falta de conhecimento de segurança cibernética, aliados à pandemia tornaram os golpes virtuais recorrentes, principalmente nos últimos dois anos, em Bento Gonçalves. São inúmeras as maneiras que os criminosos encontram para praticar delitos por meio da internet e das redes sociais. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, golpes de estelionato cresceram 90% nos dois primeiros meses de 2021.
Em Bento, a clonagem de WhatsApp foi o golpe mais utilizado pelos criminosos para enganarem as vítimas. Esse método tem prejudicado pessoas de diversas faixas etárias, predominantemente as do público entre 30 e 40 anos. O criminoso utiliza os contatos da vítima e, de modo a se fazer passar pela pessoa com o número clonado, pede quantias em dinheiro para ajuda.
“Por conta da pandemia, as compras em formato online aumentaram e, consequentemente, os golpes pela internet e pelo WhatsApp. É preciso estar atento a tudo, principalmente na internet. Os golpes geralmente são oriundos de dentro dos presídios, por facções, pessoas que podem aplicar um golpe de um Estado para o outro”, alerta o sargento Fabio Neri Rozek, do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT).
Particularmente, em Bento Gonçalves, o “golpe do nudes” tem ganhado cada vez mais vítimas. Após acessar a troca de mensagens com a vítima, o criminoso sugere que a conversa seja feita pelo WhatsApp. É nesse ambiente, ao trocarem fotos íntimas, que o crime acontece. Uma terceira pessoa entra em cena, fazendo se passar, por exemplo, pelo pai de uma menor de idade. Esse, exige uma quantia em dinheiro para que não haja denúncia à polícia ou para que as mensagens não sejam mostradas à família da vítima. Em desespero, pelo medo da exposição, a vítima acaba cedendo e transferindo o dinheiro exigido.
Outra situação envolvendo crimes cometidos através da internet é a falsa compra de um produto anunciado nas redes sociais. Nesse caso, o criminoso simula a compra e envia um falso comprovante de depósito à vítima. Para concluir a negociação, ele diz que não está na cidade para retirar o produto e, portanto, precisará enviar um motorista de aplicativo para fazer a busca. Dessa forma, a vítima leva o produto no local combinado, porém, jamais receberá seu dinheiro.
Você sabe o que fazer para não cair nos golpes virtuais?
O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro/BG) divulgou cartilha de orientações e dicas de profissionais da área de segurança para não cair em golpes de estelionato.
• Desconfie de propostas para lucro fácil ou recompensas, pois, geralmente são as que mais atraem novas vítimas;
• Tome cuidado ao fornecer seus dados pessoais para desconhecidos, tanto na internet quanto por telefone;
• Se alguém lhe solicitar uma transferência bancária, alegando problemas no aplicativo ou problemas pessoais, desconfie e tente entrar em contato com a pessoa por ligação ou pessoalmente;
• Na hora de compras pela internet, desconfie de falhas ou sistemas de pagamento somente por boleto ou transferência bancária. Consulte as recomendações do site antes de efetuar a compra e pagamento;
• Se for vítima, procure a Polícia Civil com o máximo de dados e informações possíveis;
• Alerte seus familiares e amigos sobre os possíveis golpes para que estejam atentos;
• Baixe o aplicativo “PC Alerta” da Polícia Civil para conferir outras dicas e evitar possíveis golpes e como se proteger.