As mãos que conduzem um país
Quando Santos Dumont, o pai da aviação, trouxe da França, em 1891, um Peugeot com motor a explosão, não poderia imaginar a revolução que faria no país. O modelo, que desembarcou de navio no porto de Santos, foi o primeiro de uma frota que hoje já ultrapassa os 98 milhões de veículos, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Mais de cem anos depois, o que se vê é um país sendo movimentado sobre rodas – sejam elas de caminhões, de ônibus, de táxis, aplicativos ou de veículos de passeio – e conduzido pelas mãos de motoristas que têm a responsabilidade de transportar pessoas, alimentos, insumos industriais, medicamentos e tantos outros produtos essenciais. A data homenageia motoristas profissionais ou não, mas via de regra, as comemorações maiores ficam com aquelas que fazem do volante a sua profissão, taxistas, motoristas de vans e caminhoneiros.
É uma classe que mostrou recentemente a sua força quando das reivindicações dos caminhoneiros, onde demonstraram ser de fundamental importância no cenário econômico do país, pois através de seu trabalho, levam a produção brasileira de norte a sul.Por esse motivo, é justa a comemoração do Dia do Motorista, celebrado em 25 de julho – Dia de São Cristóvão, santo católico considerado o padroeiro dos motoristas.
Dia do Colono
No mesmo dia é comemorado o Dia do Colono. O colono é o pequeno agricultor, mas é pequeno apenas na área cultivada; é a agricultura familiar. O pequeno agricultor, sem absolutamente nenhum menosprezo pelos grandes agricultores que produzem soja, cana-de-açúcar, milho, pastagens, madeiras, entre outras, responsáveis pelas exportações brasileiras e por alavancarem o sucesso econômico e a liderança de nosso País, é o responsável por aproximadamente 75% dos alimentos que chegam à nossa mesa: do arroz irrigado, cultivado com eficiência em sua maioria em terras arrendadas, ao produtor de milho que alimenta frangos e suínos; das pequenas agroindústrias e cooperativas aos horticultores que produzem a batata e outras hortaliças e frutas que compramos nas feiras livres. De origem alemã, japonesa, italiana, é gente que trabalha do nascer ao pôr do sol, muitas vezes sob chuva e frio ou sol escaldante, vivendo sem conforto e com pouca assistência, mas sempre com honestidade e humildade, educando seus filhos com bons exemplos como o respeito ao próximo, estudos e distância das drogas e da criminalidade. Justa homenagem àqueles que são o orgulho de nossa Pátria. Felizmente agora, ainda que tarde, merecidamente reconhecidos pelos governos e instituições, valorizados e incentivados em suas atividades e aptidões, potencialidades e capacidades inovadoras e de organização e profissionalismo.