Elon Musk diz que compra do Twitter não prosseguirá sem garantias sobre contas falsas

2015-04-10_190211

Plataforma suspende mais de meio milhão de contas que parecem falsas a cada dia.

O bilionário Elon Musk afirmou nesta terça-feira (17) que a aquisição do Twitter não vai prosseguir, a menos que ele receba garantias sobre o número de contas falsas na plataforma, o que complica a complexa oferta de compra da rede social. Musk, CEO da SpaceX e da Tesla é atualmente a pessoa mais rica do planeta, segundo a revista Forbes, com uma fortuna avaliada em 230 bilhões de dólares.

O empresário, que é considerado pelos fãs um gênio iconoclasta e por seus críticos um megalomaníaco errático, surpreendeu o mundo das finanças em abril ao anunciar a intenção de comprar o Twitter. No entanto, a oferta de 44 bilhões de dólares está suspensa até que uma solução seja apresentada sobre o número de contas falsas, conhecidas como “bots”.

“Ontem, o CEO do Twitter se recusou publicamente a mostrar provas de <5%”, tuitou Musk, que tem quase 94 milhões de seguidores na rede social, sobre sua exigência para confirmar que menos de 5% das contas são falsas na rede social. “O acordo não pode avançar até que ele faça isto”, completou.

Uma praga

Musk – que afirma que os “bots” são uma praga no Twitter e que considera uma prioridade se livrar deles caso assuma o controle da plataforma – respondeu à explicação de Agrawal , apresentada em um tuíte, com um emoji de cocô. “Então, como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro?”, Musk questionou em uma mensagem posterior sobre a necessidade de provar que os usuários do Twitter são pessoas reais. “Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter”, completou.

O procedimento para calcular quantas contas são “bots” foi compartilhado com Musk, insistiu Agrawal. O analista Dan Ives, da empresa Wedbus, afirmou em uma nota aos investidores que a questão das contas falsas está deixando o acordo confuso. “A questão dos ‘bots’, no fim das contas, era conhecida até pelos taxistas de Nova York e nos parece mais a desculpa do ‘cachorro comeu o dever de casa’ para desistir do acordo do Twitter ou para obter um preço menor’, destacou o analista.