Índice de crescimento enfrenta diversos desafios
A economia no Brasil deve apresentar índices de crescimento em 2022, porém, especialistas apontam que isso deve ocorrer em um ritmo menor que em 2021, segundo divulgado pelo Centro da Industria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves.
Esse crescimento será pautado em diversos desafios, como a inflação que elevou a alta de preços média no Brasil em 10,06% em 2021 e uma eleição presidencial. O economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes, aponta que mesmo diante deste quadro, deve haver aumento na demanda interna e externa.
Ele reconhece, no entanto, que o quadro a longo prazo ainda é preocupante para o setor, e aponta que mesmo com um resultado bastante positivo, a produção gaúcha ainda se encontra 8,6% abaixo do pico atingido no ano de 2013. A boa expectativa para 2022 também é compartilhada pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).
Ao contrário do FMI, a Federasul estima que o PIB brasileiro feche em 2022 com alta de 1,13%. Para o Estado, a projeção do PIB é de 2,04% de crescimento. Ainda, a divisão de economia da Federasul prevê um IPCA de 5% em 2022, com a meta Selic de 11,50% e o câmbio com o dólar valendo R$ 5,50 em relação ao real.
No município, a expectativa é de que os indicadores de incerteza da economia comecem a demonstrar estabilidade. Ainda que a pandemia e o cenário político possam impedir indicadores econômicos a níveis pré-pandêmicos, a secretária de Finanças, Elisiane Schenatto, aposta na capacidade empreendedora da cidade para movimentar a economia.
Para a presidente do CIC-BG, Marijane Paese, embora as eleições possam trazer incertezas, como a postergação de investimentos, o avanço no controle da pandemia representa uma garantia para a retomada.