Nível dos reservatórios na Região Sul está com 28,5% de sua capacidade
Com cerca de 7% do total de armazenagem disponível no Sistema Interligado Nacional (SIN), os reservatórios de água para geração de energia na Região Sul operam com apenas 26,9% de seu potencial. Essa é a 14ª pior posição média na série histórica, desde 1931. Das três usinas operadas pela Companhia Energética do Rio das Antas (Ceran), apenas uma está com geração acima da programada. De qualquer forma, todas operam muito abaixo da sua capacidade.
No Vale do Rio das Antas, a Usina Monte Claro, na divisa dos municípios de Bento Gonçalves e Veranópolis, com capacidade de gerar 130MW, com expectativa programada de gerar 46,67MW, está gerando apenas 44,48MW, variação negativa de 4,69% do esperado. A Usina Castro Alves, na divisa de Nova Roma do Sul com Antônio Prados, também opera bem abaixo da sua capacidade total que é de 130MW. A produção de energia programada para o período era de 69MW, mas está produzindo 98,32MW, variação negativa de 0,99%.
Uma das únicas hidrelétricas, do Estado, que opera com variação positiva é a Usina 14 de Julho, localizada ente Cotiporã e Bento Gonçalves, tem capacidade de gerar 100MW. Estava programado uma geração de 36,67MW e está produzindo 36,81MW (+0,38%).
No Rio Grande do Sul, o cenário atual é determinante para que 11 das 15 usinas localizadas no Estado estejam com a produção hidráulica bastante abaixo do programado. É o caso de Foz do Chapecó (-39,45%), Itá (-19,78%) e Barra Grande (-4,18%), segundo dados do monitoramento diário em 3 de setembro.
A situação, todavia, é mais preocupante no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por 70,1% das reservas do país. As bacias da região encontram-se com somente 20,88% da capacidade instalada, o pior nível em 91 anos. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com base em 2 de setembro, e têm caído dia após dia com maior intensidade a partir de junho deste ano.
A boa notícia vem do Norte e do Nordeste, onde, respectivamente, os reservatórios estão com 69,86% e 48,76% de suas capacidades. Estas unidades exportam o excedente da produção de energia para o Sudeste e Sul e garantem o abastecimento no modelo integrado.