Doenças ligadas à genética diminui risco com a idade

2015-04-10_190211

Adotar a atividade física, mesmo que tardiamente, pode reduzir em 45% risco de morte

Sabemos que os genes que herdamos de nossos pais desempenham papel importante no surgimento de doenças e que o envelhecimento nos predispõe a mais moléstias. Entretanto, pesquisadores da Universidade de Oxford divulgaram uma notícia auspiciosa para os idosos: a associação da carga genética de uma pessoa ao risco para desenvolver uma enfermidade diminui na velhice. O estudo foi publicado no dia 26 de agosto na revista “PLOS Genetics”.
Os cientistas utilizaram dados de 500 mil indivíduos do UK Biobank, no Reino Unido, para avaliar de que forma sua genética influenciava o desenvolvimento de 24 doenças. Constataram que o risco era maior na juventude e caía no caso de enfermidades como hipertensão, câncer de pele e hipotireoidismo. Embora as razões para essa mudança de padrão ainda não estejam claras, eles acreditam que a interação com o meio ambiente – o que inclui um estilo de vida saudável – pode ser a chave da descoberta.
Aproveitando a deixa sobre estilo de vida, outro estudo, com mais de 30 mil pacientes com problemas coronarianos, mostrou que abraçar a atividade física, mesmo que tardiamente, pode ser quase tão benéfico quanto ter o hábito de se exercitar.
Os pesquisadores concluíram que o risco de morte, de um modo geral, era 50% menor para os ativos; 45% menor para os sedentários que tinham passado a se exercitar; e 20% menor para os que haviam abandonado a atividade física nos últimos anos. O risco de morte por doença coronariana era 51% menor para quem era ativo e 27% para quem tinha aumentado a atividade física.