Disposição em ajudar

2015-04-10_190211

Grupo de voluntárias já produziu mais de 1.400 ponchos para doação em 2021
Aposentadas ajudam crianças e bebês de Bento Gonçalves há 12 anos

Deixar o inverno de bebês e crianças carentes de Bento Gonçalves mais quentinho é propósito do Grupo De Voluntariado Mãos Às Obras. Há 12 anos, quando surgiu, a proposta inicial era confeccionar peças de lã e doar para recém-nascidos. Hoje, o grupo, em sua maioria, de bancárias aposentadas ajuda diversas instituições e creches do município.
Somente em 2021, já foram confeccionados mais de 1.400 ponchos de lã. Ao longo da história do grupo de voluntárias já foram feitas, quase, 19 mil peças entre calças, casacos, camisetas, blusões e enxoval de bebês. A fundadora e coordenadora do grupo dona Dolores Tieppo Fornari, 62 anos, conta que antes da pandemia, todas às quartas-feiras de tarde, 25 senhoras se reuniam para trabalhar pelo mesmo objetivo. “Entre voluntárias que se encontravam, antes da pandemia, e aquelas que realizavam o trabalho de casa somo um total de 40 voluntárias.
Dona Dolores lembra que a proposta inicial era confeccionar peças de lã e doar para recém-nascidos. “Em 2009 fazíamos poucas peças e mais voltada para os bebês que nasciam no Hospital Tacchini, no Centro de Referência Materno Infantil e no Centro Espírita Lar da Caridade. A gente doava essas peças e eles montavam os enxovais”, relembra.
Hoje, produzem material também para todas as creches da rede municipal da cidade. “Pensamos em um agasalho que ficasse bom para elas e então bolamos o poncho com a toca e começamos a fazer para todas as creches municipais, todas as crianças recebem”, conta Dolores.
Para conseguir se manter, as integrantes do grupo que não é ligado a nenhum órgão, colaboram com uma mensalidade no valor de R$25,00, que é revertido na compra de lã e demais materiais para trabalhar.
Dolores diz que, de vez em quando, também recebem doações em dinheiro ou em material de amigos. “Nesse ano temos recebidos doações de uma malharia de Farroupilha, que nos manda sobras de fios e tecidos. Tem sido fundamental essa ajuda para produzirmos na quantidade que estamos fazendo e podendo ajudar cada vez mais”, comemora.
Das 40 senhoras que trabalham, semanalmente, à distância nas suas próprias casas, a grande maioria é de Bento Gonçalves. “Temos gente de Garibaldi e Carlos Barbosa também. A maioria é aqui de Bento, mesmo. Por causa da pandemia não nos reunimos mais, por enquanto, mas a solidariedade nos engrandece. Quando nos reuníamos, a gente se divertia e, ao mesmo tempo, ajuda alguém. Isso que importa”, afirma.
Como o grupo Mãos Às Obras não possui CNPJ, Dolores afirma que é muito rara as doações em dinheiro, pois não entra nos planos de incentivo e abatimento de imposto devido. Mas, as pessoas que queiram colaborar podem procurar o grupo de voluntárias, através da página do Facebook “Grupo de Voluntariado Mãos às Obras”. No endereço eletrônico é possível saber mais sobre o projeto e também saber como realizar doações para manter o trabalho. “Bom, quem quiser doar lã ou material aproveitável para confecção das peças será muito bem-vindo”, finaliza Dolores.