Dica de filme gratuito no Youtube sobre um professor misterioso que vive 14 mil anos

2015-04-10_190211

A obra se concentra no misterioso comportamento de John Oldman , um professor acadêmico que a cada dez anos muda de contexto, deixando tudo para trás

Numa noite fria numa cabana distante, o Professor John Oldman (David Lee Smith de “CSI: MIAMI”) reúne os colegas da sua maior confiança para um anúncio extraordinário: Ele é um imortal que migrou através de 140 séculos de evolução e tem agora que seguir em frente. Será Oldman verdadeiramente Cro-Magnon ou apenas louco? Agora, um homem irá forçar estes cientistas e estudiosos a confrontarem as suas noções próprias de história, religião e humanidade, conduzindo tudo a uma revelação final que poderá abalar o seu mundo para sempre.

O NOME DO FILME:  O homem da terra. há disponível versão legendada.

Crítica

Existe uma beleza muito grande na maneira de se realizar um bom “filme de câmara”. Obras que se passam exclusiva ou majoritariamente num único espaço cênico normalmente trazem consigo um roteiro que se propõe uma missão dificílima, que é prender a atenção do público mesmo quando não existe uma grande movimentação entre espaços e a proposta do enredo é dar conta de uma situação a ser resolvida naquele espaço. Há uma sensação de claustrofobia e de isolamento que são essenciais para obras assim, tornando o pouco tráfego dos personagens no ambiente uma coisa grandiosa em sua simplicidade, como a pequena mudança de um ponto para outro, a alteração dos ângulos ou planos da câmera a cada “ato cênico” ou as manipulações mais ousadas da direção de fotografia e arte, que normalmente também indicam, às vezes sutilmente, outros movimentos no quadro. Em O Homem da Terra (2007), o diretor Richard Schenkman coloca em prática as boas lições aprendidas com filmes que tiveram essa abordagem no passado (numa escola de construção de mise-en-scène  que vai de Um Barco e Nove Destinos a Dogville) e entrega um longa fascinante.

Como estamos falando de uma produção de baixo orçamento, é claro que existem esferas técnicas aqui que deixam a desejar, sejam as cenas muito granuladas, seja a finalização do processo de dublagem, que em alguns momentos acaba incomodando. Vale dizer que seria muito melhor para o filme se não houvesse parte das quebras que o texto faz com a saída do protagonista de dentro da casa para levar coisas para fora, emendando essas saídas com algumas conversas com uma das professoras por quem ele está apaixonado. Mas mesmo nesses casos, estamos falando de um incômodo pequeno e até narrativamente compreensível dentro do filme, apontando para a interrupção de um bloco cênico que às vezes nos faz lembrar os atos de uma peça de teatro, algo recorrente nesse tipo de produção.