Desaprendi a flertar. E agora? Você não está sozinho e existe solução!

2015-04-10_190211

Chamado de fear of dating again, o medo de voltar a namorar é um sentimento específico trazido pela pandemia, mas também por quem saiu de um relacionamento longo, que tem assustado muitos solteiros ao redor mundo
São quase dois anos de pandemia, sem festas, baladas e aglomerações para os que ainda se mantêm em isolamento e seguem as regras de distanciamento e segurança. Além de tantos sofrimentos e dificuldades, os solteiros passaram a enfrentar a impossibilidade de conhecer pessoas novas de maneira orgânica.
Este sempre foi o problema dos “novos solteiros”, que tentam vo0ltar para a pista depois do fim de um um longo relacionamento.
As inseguranças são iguais: “e agora, como eu faço?”
Não por acaso que os aplicativos de relacionamento tiveram um aumento vertiginoso no número de usuários. A impossibilidade de contato físico e de encontros pessoais fez, inclusive, com que muitas pessoas, antes avessas aos métodos on-line, se rendessem ao contato virtual.
O aplicativo Happn, por exemplo, registrou um aumento de 19% em novos registros, cerca de 3,6 milhões de novos usuários — no Brasil, atualmente, são mais de 16 milhões. Segundo pesquisa divulgada pela plataforma, 2020 foi o ano mais “agitado da história do Tinder”. O aplicativo de namoro teve um aumento de 42% de matches — quando dois usuários demonstram interesse mútuo e iniciam um bate-papo. Em março de 2020, os swipes, ato de arrastar para o lado para manifestar interesse em outro usuário, bateram o recorde de 3 bilhões em um único dia. 2021 promete ser estratosférico.
Os aplicativos tiveram um papel essencial na manutenção da saúde mental das pessoas durante a pandemia, principalmente dos solteiros. Todos temos as relações interpessoais em nossa essência. Precisamos nos relacionar com outras pessoas para viver e sobreviver. Por meio dos aplicativos, podemos nos conectar com outras pessoas, conhecer outras histórias, criar laços, nos divertir, relaxar.
O Happn, assim como o Tinder, Parperfeito e outros apps também se adaptaram e passaram a oferecer outros recursos para o usuário, como chamadas de vídeos. O Tinder criou até mesmo uma aba com locais de vacinação para incentivar e ajudar os usuários.
Porém, apesar da alta atividade na paquera on-line, muitos estão sendo assolados pelo medo de namorar de novo. O termo em inglês, fear of dating again (ou medo de se relacionar de novo, em livre tradução), foi usado pelo diretor de relacionamentos do app europeu Hinge e define o mix de sentimentos envolvidos na volta ao mundo dos namoros.
Pesquisa feita sobre os hábitos pós-pandemia mostra que retornar à normalidade pode ser um problema. Um total de 75% dos entrevistados pensam ter perdido o hábito de namorar, enquanto 32% dos solteiros disseram ter medo de voltar a ter intimidade com alguém e 76% se sentem estressados antes de um encontro.
São muitos os medos que podem surgir, desde o receio pela contaminação enquanto a pandemia não está controlada, até a antecipação de problemas futuros. “Quando pudermos sair, uso ou não máscaras? Devemos dar as mãos? E nos beijar?”.
Com o avanço da vacinação, inclusive entre os jovens, o momento tão esperado de uma volta à vida minimamente “normal” fica cada vez mais próximo e a expectativa se une à ansiedade sobre como agir e se comportar.
Mas como superar o medo?
Já que rigorosamente tudo o que configurava a arte da paquera foi por água abaixo na pandemia, há motivos reais para o pé-atrás. Há até uma denominação em inglês que define a situação: Fear Of Dating Again (medo de voltar a paquerar), resumido no acrônimo — totalmente inofensivo no idioma original — F.O.D.A.
Os filtros antes usados para a paquera, como gostoso (a) etc, mudaram para “usa máscara” e dando preferência a pessoas que já conhecem e monitorando suas atitudes nas redes.
Se antes já estava difícil encontrar um match decente, com o advento da Covid-19 muitas pessoas sem par fixo abandonaram a nau dos esperançosos, deletando a chance de encontros ao vivo e se desencantando com a falta de espontaneidade dos flertes via Zoom.
Mesmo com o crescimento de procura por aplicativos de encontros, há quem veja na retração de agora uma mudança definitiva. As pessoas ficaram mais arredias mais seletivas e deixando de marcar encontro com pessoas em quem não está interessada de verdade.
Esta pandemia vai deixar um legado permanente na moral sexual vai ter um impacto permanente na moral sexual. Os que se cuidam vão seguir roteiros de precaução no campo amoroso, dando preferência a pessoas que já conhecem e monitorando suas atitudes nas redes e, para quem acha que F.O.D.A. é isso mesmo que o acrônimo indica, fica a esperança: a paquera, quando ela voltar a acontecer, deve ser mais criteriosa e produtiva.
Mas nem tudo é negativo na paquera online. A maior vantagem de namorar a distância é poder ter trocas sociais sem precisar gastar dinheiro ou viajar.
Segurança
Antes de tudo é sempre bom deixar claro que nunca se deve trocar informações sigilosas como volume de patrimônio, renda e dados pessoais como numero de CPF ou conta bancária. Há dados que indicam que mais de 40|% dos cadastrados em redes sociais de encontros amorosos, são quadrilhas especializadas em golpes financeiros. Há muitos casos noticiados de homens e mulheres ludibriados por pessoas inescrupulosas. Todo cuidado é pouco.
Como a tendência é a continuação do namoro por videochamada, mesmo pós pandemia, tome cuidado com imagens que possam lhe comprometer ou ser motivo de chantagem ( muito comum hoje em dia).
Desconfie de perfis que são mirabolantes como um estrangeiro (a), lindo(a) sarado(a) e milionário(a) vir justamente no Brasil á procura de um grande amor e se encantar com o seu perfil. As chances de ser uma roubada são imensas. Pefis de “empresários bem sucedidos” também são os mais usados pelos fakes, como a viúva nova e rica á procura de um amor. Enfim: um passo de cada vez, aposte em videoschamadas, avalie se o ambiente condiz com o perfil descrito, se a pessoa corresponde com a da foto do perfil, converse muito ( sempre alerta) e não deixe a sua carência embaçar a realidade, que muitas vezes é bem óbvia.
Nas videochamadas insista em conhecer parentes e amigos ( usualmente os scammers não envolvem outras pessoas em sua farsas). Não confie nas redes sociais que ele lhe passar, pois é muito fácil criar perfis específicos para golpes. Quando stalkear as redes sociais do objeto de sua investigação, entre nos perfis que comentam as fotos do seu alvo, confira se são parentes ou se têm fotos juntos que confirmem a história que lhe foi contada.
Depois de muitas videoschamadas se, realmente você está seguro(a) da veracidade das informações de seu pretendente, planeje planeje sua data de encontro com antecedência em local público, praça de alimentação de shopping, por exemplo, leve alguém com você para que seja feita uma segunda opinião .Escolha alternativas de locais de encontro de baixo custo. Ter encontros “cara a cara” não necessariamente deve significar uma quebra no seu orçamento. e, por fim: jamais se encontre em motel na primeira vez.
Antes do encontro fale sobre seus medos. Seu parceiro pode estar sentindo o mesmo que você;
Não apresse seu retorno para a vida amorosa normal. Respeite o seu ritmo;
E todos os passos acima devem necessariamente ser de conhecimento das pessoas próximas à você. Mesmo que seu futuro parceiro amoroso peça para que o seu “relacionamento” seja um segredo só de vocês, este é o primeiro alarme a disparar.
Não siga sua intuição, pois em relação ao sentimento amoroso, o ser humano tende a não querer ver o que está caindo sobre a sua cabeça. Converse com seus amigos e familiares que realmente lhe amem para ter mais segurança.