A pesquisa mostrou que o risco de hospitalização entre bebês com mães vacinadas reduziu cerca de 80% durante a onda da variante Delta
Um recente estudo publicado no New England Journal of Medicine revelou que a vacinação durante a gestação ajuda a proteger bebês com menos de 6 meses de serem hospitalizados por Covid-19, ou seja, de desenvolverem a foram grave da doença a ponto de precisarem de internação.
Divulgado pelo Medical Xpress, a pesquisa mostrou que o risco de hospitalização entre bebês com mães vacinadas reduziu cerca de 80% durante a onda da variante Delta (1 de julho a 18 de dezembro de 2021) e 40% durante a Ômicron (19 de dezembro a 8 de março de 2022). Para Bria Coates, médica de cuidados intensivos do Hospital Infantil Ann & Robert H. Lurie, de Chicago, e autora do estudo, o levantamento reforça a importância da vacinação para o grupo.
“Nossos resultados reforçam a importância da vacinação da COVID-19 durante a gravidez para proteger as mulheres e seus bebês. Embora a proteção tenha sido menor durante o período Ômicron, em comparação com o período Delta, mesmo uma redução moderada no risco é importante, porque as vacinas provavelmente não estarão disponíveis para bebês com menos de 6 meses em um futuro próximo”, explicou a médica.
O estudo incluiu 537 bebês com menos de 6 meses de idade internados em 30 hospitais pediátricos. Os dados também apontaram que quase todas as mães (90%) de bebês que foram internados não haviam sido vacinadas. Desses, 21% foram para a UTI, 12% precisaram de ventilação mecânica e dois morreram.
De acordo com orientação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), é recomendada a vacinação contra a Covid-19 em mulheres grávidas, amamentando, tentando engravidar ou que possam engravidar no futuro. No caso de gestantes e puérperas, a imunização é orientada assim que se tornarem elegíveis.
“Embora a proteção para o bebê seja importante, é fundamental lembrar que as vacinas da Covid-19 protegem as mulheres contra doenças graves durante a gravidez e reduzem as complicações da doença”, lembrou a Dra. Coates.