Cortar o cordão umbilical é fundamental para uma relação familiar independente

2015-04-10_190211

A família é o nosso primeiro contato com o mundo, nossas primeiras interações sociais e é o lugar onde estão os nossos primeiros amores, os vínculos são intensos.
Mas esses laços precisam ter limites estabelecidos e caso isso não aconteça, pode ser que ao invés de bons frutos, essas relações tragam preocupações e sofrimento.
Muitas situações podem ocorrer e talvez você identifique alguém que conhece ou até mesmo você passando por elas.
Aquela família que os pais se separam, a mãe fica mais ausente por precisa assumir mais responsabilidades e o irmão mais velho passa a cuidar da casa e dos irmãos;
Mãe que mesmo com filhos adultos e casados, ainda sente-se responsável por conduzir a vida deles assumindo decisões, responsabilidade e até mesmo despesas;
Filho que vivem no meio da relação dos pais que não conseguem se acertar e ele passa a ser a ponte entre os dois;
Filha que assume os cuidados e atenção da mãe que se separou e agora está sozinha;
Filho que sempre cuidou dos irmãos enquanto são crianças e agora mesmo adultos cuidam deles e de suas dificuldades financeiras inclusive;
Muitas dessas situações acontecem de forma isolada ou até mesmo conjunta, pois o perfil dessas pessoas é de abarcar os problemas do mundo sendo que é impossível resolver todos eles, o que acaba tornando as relações frustrantes e desgastantes, afinal as pessoas já têm seus próprios problemas e questões para resolver.
Nessas situações, é possível identificar uma relação de dependência em que todos perdem aquele se se sufoca em tentar resolver os problemas dos outros e aquele que não amadurece, pois têm sempre outra pessoa para ”aliviar sua barra”.
A doação e entrega de uma parte só não pode ser chamada de amor, pois o amor é uma relação recíproca de troca, de respeito e limites. Então se você ama, imponha limites a essa relação, deixe aquele que você ama ter espaço para crescer e construir suas próprias vivências e experiências se dê um espaço também, pode ter certeza você merece e precisa.
Viver atrelado aos problemas da sua família pode te impulsionar para trás, te deixar ansioso e triste, pois você nunca dará conta de resolver tudo, sempre uma relação será frustrante.

Cortar o cordão umbilical é modificar padrões, o que nunca será uma tarefa fácil, exigirá dedicação e força de vontade, mas pode ter certeza que os frutos conquistados serão libertadores

Como resolver
Mudar esses padrões não é uma tarefa fácil, mas é fundamental. Pare de assumir os problemas da família como se fossem de sua responsabilidade. Seja firme, toda quebra de padrões gera estranhamento, principalmente para quem estava em uma situação confortável, como os familiares em questão. Mas ao final, será libertador.
Muitas vezes quem está passando por isso não percebe o quanto está sendo “sugado” por problemas dos outros, e acaba entrando em um ciclo vicioso, de está sempre apagando fogueira e até mesmo incêndios, se você está percebendo que um amigo ou alguém da sua família está passando por algo assim, o alerte, pergunte se gostaria de conversar a respeito, muitas vezes a opinião de alguém que está fora do problema é fundamental, até mesmo para essas pessoas perceberem que não tem essa responsabilidade que gera culpa.
Quando as conversas não surtem efeito e a pessoas não consegue se libertar dessas relações, o processo terapêutico é necessário, ele poderá ser individual ou em conjunto com os membros da família.
As terapias são muito importantes para nortear um novo arranjo familiar em que todos sejam partes contribuintes da relação, e não apenas um se doando e todos os outros sugando. Cada pessoa fazendo sua parte é possível escrever uma história familiar de sucesso e de muito amor, que é o mais importante.

 

E os filhos que não querem sair de casa?
As relações familiares em que jovens e adultos ficam indefinidamente na casa dos pais, sem estudar ou trabalhar podem ser muito problemáticas

É cada vez mais comum, observar famílias em que os filhos optam por ficar na casa de seus pais por muitos anos, até mesmo na vida adulta, a casa dos pais de meia idade já não está mais ficando tão vazia como antigamente. Em outras épocas, um dos maiores sonhos e objetivos dos jovens eram completar 18 anos para planejar uma autonomia e independência fora da casa de seus pais, entretanto, hoje parecem que retardam ao máximo esse momento.
Muitos conseguem viver com a decisão em harmonia com os seus pais, respeitando regras, mas de certa forma tendo sua independência e vontades, entretanto, outros ficam “na asa dos pais” não só fisicamente, mas emocionalmente e financeiramente.
É um grupo que delega aos seus pais, mesmo que já pudessem comandar suas vidas, as responsabilidades de escolhas, decisões e finanças. Muitas dessas pessoas não fazem a menor questão de crescer e enfrentar a vida adulta.
Um importante passo em direção à vida adulta é a estabilidade profissional e financeira, ou pelo menos a tentativa dela. Mas alguns fatores podem estar dificultando esse processo, alguns de ordem econômica do País, que apresenta menos oportunidades, outros ligados a própria formação familiar.
Vale salientar que se essa não é uma questão que precisa trazer incomodo e dor de cabeça a família, se for tratada de forma consciente. Ficar na casa dos pais pode sim ser muito benéfico a todos, desde que responsabilidades e deveres sejam estabelecidos a todos.
Uma situação saudável é aquela em que o filho ainda está na casa dos pais, ainda não trabalha, mas estuda, ele está se preparando para ter um futuro, mas sabe muito bem dos esforços de seus pais e valoriza isso, se dedicando verdadeiramente a uma formação e qualificação. Este jovem irá assumir as rédeas de sua vida em breve, ele está sendo preparado para isso, com responsabilidades e deveres.
Entretanto, aqueles jovens e adultos que ficam indefinidamente na casa dos pais, não estudam, não trabalham e não tomam um posicionamento rumo ao crescimento, pode trazer inúmeras discussões e problemas familiares.
Para solucionar essa questão, é preciso um diálogo sincero entre os pais e os filhos que estejam enfrentando alguma situação desconfortável. Muitas vezes é necessário que os genitores se imponham e cobrem uma mudança dos filhos, mas só cobrar não é a solução.
É necessário, que os pais apresentem alternativas e apoio para uma mudança de postura, este não será um processo fácil e imediato, mas, com calma, amor e parceria entre todos é possível tornar a relação familiar harmônica e funcional, onde cada membro da família possa colaborar para o crescimento de todos.

 

Se você quer sair de onde estar, mudar e amadurecer confira dicas de como crescer e colher todos os frutos do amadurecimento

Descubra suas habilidades ou potencialidades – Talvez você não queira viver na mesmice que se encontra, passe a observar o que te torna único. Seus interesses, talentos e habilidades te auxiliarão a compreender seu futuro, quem você quer se tornar e para onde você quer ir. Explore suas qualidades.
Onde você quer estar daqui a 10 anos ? – Faça uma lista das prioridades e metas que você gostaria de alcançar na vida adulta e faça de tudo para concretizar esses objetivos. O importante é começar!

Tomar um posicionamento rumo ao crescimento é um presente que você deve se dar, cresça, seja independe, se liberte!

Conheça novos lugares, pessoas e tenha experiências – Expandir a mente é fundamental para o autoconhecimento e conhecer todas as realidades da vida, saia da bolha em que você vive.
Seja amigo de pessoas que você admira e respeita – Socialize com pessoas diferentes que podem enriquecer sua bagagem cultural com a vivência delas, esteja sempre disposto a ouvir e aprender com as experiências de seus amigos.
Seja honesto – O amadurecimento trás autoconhecimento, mas para que isso aconteça é necessário que você seja honesto consigo, evitando atalhos, enfrentar a realidade é necessário, desafios trazem crescimento os enfrente! Cresça!
Identifique seus pontos fracos – No que você tem de se esforçar para melhorar? O que o impede de alcançar seus desejos? É importante identificar pontos que exigem melhorias.
Aprenda a reconhecer tudo que te torna infantil e controle. Amadurecer não é de um dia para o outro, é um processo. Crescer não é abandonar a juventude, mas de fato é necessário controlar suas tendências infantis e aprender a canalizar essa energia juvenil para atingir objetivos e ambições mais maduros.
Aprenda a dizer não – Amadurecer trás a necessidade de compreensão dos seus próprios limites, conter a mentalidade jovem e ser independente. Se seus amigos irão a uma balada e você estiver preocupado com o trabalho no dia seguinte, aprenda a dizer “não”. Ser responsável requer muitos nãos.

Sair do lugar ou de uma relação que não te deixa confortável não é egoísmo e pode ser até mesmo demonstração de amor

Tome conta de seu corpo
Tenha hábitos saudáveis dê prioridade à sua saúde.
Aprenda a lidar com as decepções – Ser adulto está ligado a ter responsabilidade pelas suas ações, lidam com decepções e seguem com a vida. Tornar-se um adulto significa aprender a lidar com a falha e saber como perseverar tendo ela em vista.

Seja empático
Aprender a compreender, e a ter empatia com os outros, escute e entenda os pontos de vista das pessoas mais variadas.

Seja confiável
Você deve dar muito a valor a suas palavras que devem refletir em ações. Se você disser que fará algo, faça-o. As pessoas precisam saber que podem confiar em você.

Seja aberto e ativo
Saiba escutar e aceitar críticas pondere, mude o que for necessário, você não é uma árvore, pode sair do lugar que está.

Consiga um trabalho
Ter um emprego é um passo fundamental para amadurecer, além da parte financeira, os desafios e vivências que essa experiência irá trazer são muito importantes.

Tenha planejamento e orçamento
Se você ainda mora na casa dos seus pais e não tem muitas obrigações com o seu dinheiro, guarde a maior parte dele, economize para concretizar seus objetivos de longo prazo. Mas, antes disso, converse com seus pais e pergunte de que forma você pode ajudar, colabore com aqueles que te apoiam sempre.