Controle rigoroso evita escassez de oxigênio, remédios e EPIs

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Segundo Hospital Tacchini até o momento não foi apontada qualquer dificuldade de abastecimento

Com o agravamento da pandemia, a capacidade de atendimento em saúde dos municípios do Rio Grande do Sul se aproxima do limite em diversos aspectos. Além da superlotação dos hospitais e da escassez de mão de obra qualificada para ampliar leitos, a saúde enfrenta ainda a dificuldade em acessar insumos básicos. O consumo de oxigênio, medicamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)disparou. Diante da situação, a Saúde pede socorro.

Em Bento Gonçalves, o Hospital Tacchini, desde o início da pandemia, manteve um gerenciamento rigoroso dos seus estoques de oxigênio, medicamentos e EPis, antecipando possíveis necessidades. Atualizações de cenário são repassadas, periodicamente, pelas equipes responsáveis e em nenhum momento foi apontada qualquer dificuldade de abastecimento tanto de materiais quanto de medicamentos, na instituição.

Porém, em outras partes do estado a situação é bem diferente. Entidades e os próprios hospitais se mobilizam para arrecadar recursos. Alguns hospitais pelo estado, criaram campanhas para arrecadar dinheiro para comprar insumos. É o caso das cidades de Rolante e Riozinho, onde Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária (Acisa) criaram a campanha Ajudem os hospitais a respirarem, a iniciativa – que tem apoio do Lions Clube e da CDL locais – busca doações para comprar cilindros de oxigênio, medicamentos e EPIs.

O Hospital Bom Pastor, de Igrejinha, lançou uma campanha para doação de luvas. O hospital de Parobé, avalia que “o cenário é de muito mais dor”. O estoque de anestésicos está praticamente vazio. O consumo desses medicamentos, essenciais para manter pacientes entubados, aumentou muito.

Em Montenegro, demanda é por alimentos. Na última sexta-feira, o diretor executivo do Hospital Montenegro, Carlos Batista da Silveira, pediu apoio de empresários locais e da comunidade.
O governo do Estado confirmou, na semana passada, o recebimento de um lote de propofol, medicamento que compõe o kit entubação. Nos últimos dias, chegaram dois outros medicamentos do kit, o Atracúrio e a Epinefrina. A distribuição aos hospitais já começou.

O Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) enviou ofício ao governador Eduardo Leite colocando à disposição profissionais e estruturas físicas, para ampliar a escala de vacinação. O documento destaca a relevância de os professores terem sido incluídos nos grupos prioritários.