Consumo de refrigerantes está ligado à calvície em homens, segundo estudo

2015-04-10_190211

Cientistas encontraram uma ligação entre os doces refrescantes bebíveis e o padrão de perda de cabelo masculino

Se você não gostaria de ficar careca, mas gosta de bebidas adocicadas como refrigerantes, energéticos e sucos, temos uma má notícia. Cientistas da Universidade Tsinghua de Pequim encontraram uma ligação entre os doces refrescantes bebíveis e o padrão de perda de cabelo masculino, ou alopecia androgênica.

O estudo, publicado no periódico científico internacional Nutrients, não é de todo novidade — a ciência conhece, há muito tempo, os efeitos negativos do consumo de açúcar, e, por tabela, de bebidas açucaradas. Muitos médicos já propunham ligações, inclusive, entre a perda (ou, no mínimo, afinamento) de cabelo e o excesso na ingestão de produtos doces. Só agora, no entanto, foram encontradas algumas evidências dessa relação.

Calvície e açúcar

Para ligar os pontos com mais precisão, os pesquisadores realizaram uma pesquisa online anônima, coletando relatos de 1.028 homens entre 18 e 45 anos, todos de 31 províncias da China. Foram questionados seus hábitos alimentares, incluindo o consumo de bebidas adoçadas, problemas de saúde enfrentados, hábitos tabagistas ou alcoólicos, problemas com queda de cabelo e outras perguntas relacionadas à psicologia.

Nos resultados, notou-se que os voluntários com calvície no padrão masculino bebiam uma média de 4.293 ml de bebidas adoçadas por semana, enquanto os que mantinham o couro cabeludo intacto, sem perda de cabelo, bebiam apenas 2.513 ml, em média, no mesmo período.

Apesar de não ser uma amostra muito grande, os cientistas garantem: a hipótese de que as bebidas açucaradas podem aumentar a glicose do sangue e acabar gerando a perda capilar é forte. Em outros estudos envolvendo diabetes, esses níveis mais altos de açúcar sanguíneo também estão associados à perda de cabelo, e, vale lembrar, bebidas adoçadas estão entre os maiores fatores de risco para o desenvolvimento ou piora da doença. A lógica procede.

Estudos mais profundos e envolvendo mais indivíduos precisam ser feitos para confirmar e entender o grau de relação entre o consumo das apreciadas bebidas, mas já reforçamos o aviso — é melhor evitar exageros em seu consumo, já que elas não apenas parecem aumentar o risco de alopecia androgênica, mas também podem acarretar diversos outros problemas de saúde, como diabetes e até mesmo distúrbios psiquiátricos.