Pesquisa aponta que eclipses também podem influenciar
O comportamento de voo do Andorinhão Negro do Norte, uma ave migratória, parece ser influenciado pelas fases da Lua e até mesmo pelos eclipses lunares, segundo novo estudo liderado pela Lund University.
Os pesquisadores descobriram que essa espécie voa a altas altitudes durante a Lua cheia, mas a dinâmica por trás disso ainda é um mistério. A ave realiza uma longa migração das regiões de montanhosas de Utah, nos EUA, até a Floresta Amazônica, na América do Sul. Pequenos sensores e rastreadores instalados nessas aves revelaram que elas atingem alturas extremas durante períodos de Lua cheia.
Durante um eclipse lunar na migração de oito meses dessas aves, os pesquisadores notaram que as aves rapidamente perderam altitude, acusando a influência direta do luar com o voo delas. Essa relação já foi apontada em insetos, mas é primeira vez que ela é relacionada a altitude de voo de uma ave.
Os pesquisadores ainda não sabem se é a luz da Lua que conduz essas aves para uma altitude maior ou se existe alguma outra dinâmica envolvida. O que eles sabem por enquanto é que, conforme as noites se tornam mais escuras, os andorinhões, além de voarem mais baixo, reduzem os níveis de atividade.
As fases da Lua influenciam diversas espécies animais, como ostras, corais, zooplâncton e outros — a maioria desses relacionada às mares. Até mesmo os ataques de tubarões parecem aumentar durante a Lua cheia, embora boa parte acontece à luz do dia. Os pesquisadores também acreditam que esse mesmo efeito lunar aconteça com outras espécies de aves, como o noitibó-da-europa, os quais são duas vezes mais ativas durante as noites de Lua cheia.