O Centro da Industria e Comércio estará proporcionando aos seus associados a melhor aula de gestão e gerenciamento de crises. Gestores da Cooperativa Aurora, Todeschini e Tacchini estarão contando sua trajetória, e estratégias para contornar e vencer obstáculos para chegar a estabilidade
Duas empresas símbolos da excelência vitivinícola e moveleira de Bento Gonçalves e uma instituição de saúde referencial para 31 municípios – Aurora, Todeschini e Tacchini, cujos empreendimentos se confundem com a própria história de desenvolvimento da cidade, terão suas trajetórias pontuadas por seus respectivos líderes no Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), nesta terça-feira (23), às 7h30min.
No mesmo palco, Hermínio Ficagna, João Farina Neto e Hilton Mancio contam suas histórias que inspiraram – e continuam a influenciar – gerações de empreendedores no Encontro de Gigantes, promovido pela rádio Gaúcha Serra em parceria com o CIC-BG.
Boas histórias desses gigantes não faltam – e nem só porque são negócios longevos. A Aurora sobreviveu a uma aguda crise nos anos 1990, quando quase chegou a ser liquidada. “Os débitos estavam pendentes em todos os sentidos, desde tributos/impostos, fornecedores, produtores, salários, financiamentos, entre outros”, lembra Ficagna, diretor-geral da cooperativa fundada em 1931. Para se recuperar, a Aurora precisou pagar uma dívida, organizar uma empresa, reconstruir uma cooperativa e modernizá-la. Hoje, uma das metas da empresa é chegar a 2025 com um faturamento de R$ 1 bilhão.
A Todeschini, tal qual a mitológica ave Fênix, renasceu das cinzas. A então empresa fabricante de acordeão foi consumida pelo fogo em 1971 logo após ser adquirida pela família Farina, época em que passava por uma crise pela perda de mercado por conta do avanço das guitarras elétricas. “Meu pai (José Eugênio Farina) vendeu tudo o que ele tinha na época e tomou dinheiro emprestado de amigos para comprar as ações do fundador. Imaginem, uma empresa passando por grandes dificuldades financeiras e econômicas, mudando de gestores e de repente a fábrica queima totalmente”, recorda João Farina Neto, presidente da Todeschini, que produz 600 toneladas diárias de produtos e completará 80 anos em 2019.
Diferente dessas empresas, a “produção” do Tacchini é a saúde. Fundado há 94 anos, tem um corpo clínico com mais de 260 médicos de mais de 30 especialidades e é um dos maiores empregadores de Bento, com mais de 1,7 mil colaboradores. Para o superintendente da casa, Hilton Mancio, a instituição tem uma missão diante do aumento da expectativa de vida. “Precisamos chegar em melhores condições em idades avançadas. A promoção da saúde e bem-estar das pessoas é o caminho. Não podemos falar de saúde somente quando as pessoas estão doentes. O nosso papel é fazer a gestão da saúde das pessoas”, comenta.
Mancio quer falar sobre sua análise de futuro, autonomia, responsabilidade, descentralização e engajamento. “Gestão não é exército de um homem só”, ensina. Farina concorda. A Todeschini implantou o Sistema Todeschini de Excelência (Siste), transformando a antes gestão centralizada numa gestão participativa, colocando o colaborador de forma central no processo. O método levou a Todeschini a ser considerada pela revista Exame como a melhor empresa para se trabalhar no Brasil. “Toda segunda-feira eu e minha diretoria dedicamos três horas para nos reunirmos com grupos de colaboradores na mesa de reuniões. Não temos a menor dúvida de que colaboradores felizes são muito mais produtivos e as empresas são muito mais rentáveis quando seus colaboradores se sentem felizes nas empresas onde trabalham”. Ficagna avaliza: “o maior patrimônio de uma empresa são as pessoas. Pessoas sem motivação não produzem, não rendem, não dão resultado”.
Portanto, a boa gestão é vital para o administrador conquistar a equipe, com clareza na comunicação e nos objetivos da empresa, sempre observando o comportamento do mercado com foco no resultado. “Empresa que não gera resultados não cresce. A empresa precisa ser lucrativa para reinvestir os resultados no próprio negócio”, diz Farina. Chegar neste patamar depende de espírito empreendedor, de trabalho sério e de uma equipe comprometida e competente. “Ninguém faz nada sozinho”, opina Ficagna. Também é preciso um pouco de insatisfação. “Nunca devemos nos acomodar com a posição atingida, não podemos nos satisfazer com o que conseguimos, temos que querer sempre mais e mais”, orienta Farina.
Serviço
O que: Encontro de Gigantes
Quando: 23 de outubro (terça-feira), às 7h30min
Onde: Bento Gonçalves Centro Empresarial
Quanto: inscrições gratuitas, com vagas limitadas pelo Sympla
Inscrição: https://www.sympla.com.br/6-encontro-de-gigantes—bento-goncalves__377666
Informações: (54) 3218.1395